sábado, 27 de fevereiro de 2016

Assata Shakur -


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"Os gregos roubaram a filosofia dos africanos " - Yeye Akilimali Funua Olade


http://jornalggn.com.br/noticia/os-gregos-roubaram-a-filosofia-dos-africanos-por-yeye-akilimali


O Jornal de todos Brasis

 
 
"Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" é um antigo provérbio egípcio, erroneamente creditado na conta de Jesus Cristo na bíblia cristã.
 
Os africanos, são humilhados e ridicularizados, porque a sua história foi roubada e sua herança cultural foi erroneamente atribuída a outros povos
 


 
O livro 'Stolen Legacy', de George Granville Monah James, revisto  por Femi Akomolafe
 
A filosofia, as artes e as ciências foram legados à civilização pelos povos do Norte da África e não pelo povo da Grécia.
 
Foi dado para Pitágoras o crédito que o mundo está dando para um teorema que os egípcios certamente usavam na construção de suas pirâmides!
 
Os "filósofos" Aristóteles, Platão e Sócrates foram perseguidos pela mesma razão que eles são endeusados: "introduzir divindades estranhas".
 
Esta é uma deturpação que se tornou a base do preconceito racial e afetou todas as pessoas de cor.
 
Pitágoras, o mais velho dos chamados pensadores gregos, estudou no Egito durante vários anos e, mais tarde, foi exilado quando começou a ensinar o que tinha aprendido. Sócrates foi executado por ensinar 'ideias alienígenas'. Platão foi vendido como escravo e Aristóteles também foi exilado. 
 
RESPONDAM COMPANHEIROS AFRICANOS:
 
- Qual é o país que nós devemos a nossa Civilização, Filosofia, Artes e Ciências?
- Grécia
 
- Quem é o homem mais sábio que o mundo já viu? 
- Aristóteles
 
- Quem são os três maiores pensadores de todos os tempos? 
- Sócrates, Platão e Aristóteles
 
- Quem inventou o teorema do quadrado da hipotenusa e é o maior matemático de todos os tempos?
- Pitágoras.
 
*
 
Sócrates: (Atenas , 469 aC - Atenas 399 aC) - Filósofo ateniense que dirigiu o pensamento filosófico para análise do caráter e divulgador do aforismo que é lembrado por sua admoestação para a conduta humana: "Conhece-te a ti mesmo."
 
Sócrates não escreveu nada [ Informações sobre a sua personalidade e sua doutrina são encontradas principalmente nos Diálogos de Platão e na Memorabilia de Xenofonte. "The New Encyclopedia Britannica, vol. 10, Micropædia, 15 ª edição, p.929.]
 
Platão: (Atenas ou Egina, 428/427 aC - 348/347 aC, Atenas) - Filósofo grego, o segundo do grande trio de gregos antigos - Sócrates, Platão e Aristóteles,  desenvolveu um sistema amplo de filosofia que era fortemente ético, repousando sobre uma base de ideias eternizadas com formulação universal e absoluta. O Platonismo influenciou todas as correntes filosóficas até o século 20. "The New Encyclopedia Britannica, vol. 9, Micropædia, 15 ª edição, p.509
 
Aristóteles: (Estagirus, 384 aC - Chalcidice, perto de Macedônia, 322 sC, Cálcis, Eubeia, Grécia) - Filósofo grego, cientista e organizador da pesquisa, um dos dois maiores intelectuais produzidos pelos gregos (o outro foi Platão). Ele inspecionou todo o campo do conhecimento humano conhecido no mundo mediterrâneo na sua época e os seus escritos influenciaram longamente o pensamento ocidental e muçulmano. "The New Encyclopedia Britannica, vol. 1, Micropædia, 15 ª edição, p. 555
 
As citações são de uma enciclopédia, que é muitas vezes definida como a "coleção do conhecimento humano" e não se discute com uma enciclopédia, não é mesmo?
 
Os africanos não têm escolha a não ser defender e contestar, vigorosamente, muitas das informações distorcidas contidas nas enciclopédias e outros livros. Considerando-se que qualquer livro pode se basear na falsificação histórica e no preconceito racial e que nenhum livro pode ser sagrado, no entanto, Enciclopédia Britânica é certamente santificada, elogiada encarecidamente.
 
Você será julgado como certo e correto se você der as respostas acima em qualquer exame, mas, na verdade, nenhuma das respostas são verdadeiras e, com base no que sabemos da história, elas são falsas.
 
O maior crime cometido pela Europa contra o mundo é o roubo intelectual da herança africana. Impérios foram roubados, países inteiros foram arrebatados e rebatizados após a pilhagem pirata, o estupro e a sangria desatada por estelionatários. Palácios e edifícios monumentais que foram destruídos, poderiam ser reconstruídos, mas quando é roubado o patrimônio cultural de um povo que é usado para escravizá-lo e insultá-los, os atos imperdoáveis ​​fazem fronteira com um sacrilégio.
 
Que a Grécia inventou a filosofia, as artes e as ciências é a única base sobre a qual a arrogância da Europa está de pé. É daquelas coisas creditadas aos gregos que fizeram todos os europeus acreditarem-se superiores aos outros povos. Por outro lado, é o temor de que as outras raças percebam as origens dessas antigas e grandes conquistas é o que faz estremecer o altar da suposta superioridade europeia.
 
O que fica claro caso a história do mundo tivesse prescindido dos eruditos europeus? Ninguém teria pedido nada, porque o que é atribuido aos gregos, certamente, não é deles. Será que a arrogância dos europeus não teria sido diminuída se a verdade sobre a contribuição da África para a civilização humana fosse corretamente declarada e interpretada corretamente? Será que os africanos abandonariam o complexo e o auto desprezo, se eles tivessem descoberto mais cedo a verdade sobre o seu passado? Será que os africanos se encolheriam no altar do ocidentalismo se eles soubessem que quase todos os ideais que os europeus estão usando hoje foi descaradamente roubado deles? Será que os africanos estariam suplicantes a um suposto filho de um deus imaginário se soubessem que eles deram a religiosidade ao mundo?
 
A "Civilização Grega Europeia" é a inspiração central e eles circulam ao redor do mundo com volumes sobre volumes celebrando 'o grego isto, o grego aquilo'. Da sua base original na Europa a imóveis que eles roubaram de outras pessoas na África, eles gritaram em voz alta sobre como eles sozinhos inventaram e sustentaram a civilização humana! Irmandades são criadas em instituições de ensino superior, reunindo 'grandes pensadores’, lirismo e sentimentalismo sobre a civilização grega. Na mesma linha, os africanos estão lamentando a sua singular histórica 'não realização" - alguns até acreditam que são uma 'raça amaldiçoada’.
 
"O termo filosofia grega, para começar é um completo equívoco, pois não há existe tal filosofia. Os antigos egípcios desenvolveram um sistema religioso muito complexo, chamado Mistérios, que também foi o primeiro sistema que contemplava a salvação". Essa foi a declaração de George G. M. James na aberturado seu livro Stolen Legacy: Greek Philosophy is Stolen Egyptian Philosophy.
 
George James começou o seu livro, informando que o Sistema de Mistérios Egípcio era a mais antiga do mundo e foi "também uma ordem secreta, onde a participação era adquirida pela iniciação e a aceitação de um compromisso de sigilo. O ensino graduado era repassado pela tradição oral para o Neófito e, nestas circunstâncias de sigilo, os egípcios desenvolveram sistemas secretos de escrita e ensino, proibindo os seus Iniciados de escrever o que eles tinham aprendido". - P.1
 
Os egípcios desenvolveram os seus sistemas e ensinaram aos Iniciados em todo o mundo muito antes de autorizar os gregos a entrar nos templos. Foi somente após a invasão de Alexandre, o Destruidor (chamado de ‘Grande’ por mistificadores ocidentais), quando os templos e as bibliotecas foram saqueadas, que os gregos tiveram acesso a todos os livros antigos, permitindo que Aristóteles construísse a sua própria escola e a sua reputação como o homem mais sábio que já viveu!
 
No primeiro capítulo do seu livro, George James destrói, magistralmente, o mito de uma ‘filosofia grega’. Pitágoras, o mais velho dos chamados gregos pensadores, estudou no Egito durante vários anos. Ele foi exilado quando começou a ensinar o que tinha aprendido. Sócrates foi executado por ensinar 'ideias alienígenas'. Platão foi vendido como escravo. Aristóteles também foi exilado. É surpreendente que esses antigos gregos tenham sido perseguidos em uma sociedade que era suficientemente avançada em filosofia.
 
Em que base estudiosos ocidentais afirmam que a filosofia nasceu na Grécia? Porque toda a literatura foi escrita na Grécia. Como ainda hoje, a maioria das ordens secretas proíbe os seus membros de escrever o que eles aprendem. Os Babilônios e os Caldeus, que também estudaram com os mestres egípcios, também se recusavam a publicar esses ensinamentos. São usurpadores, como Platão e Aristóteles, que fizeram a transcrição e reivindicaram a autoria de todos os ensinamentos secretos dos egípcios. Isso explica por que Sócrates, como até mesmo a Enciclopédia Britânica admitiu, não investiu intelectualmente para os seus escritos. 
 
George James apontou o absurdo dessa situação. As escrituras hebraicas, chamadas de Septuaginta, os Evangelhos e as Epístolas também foram escritas em grego. Por que os gregos não reivindicam a autoria delas? "É só a filosofia não escrita dos egípcios que foi traduzida para o grego que conheceu um destino tão infeliz: um legado roubado pelos gregos.”
 
Este não é o único dos absurdos apontados por James no seu livro. Outro exemplo: o número de livros cuja autoria é creditada a Aristóteles é simplesmente impossível de ser o trabalho de um único homem, mesmo em nossa época, quando o software de processamento de texto torna a escrita muito mais fácil. Temos também que ter em mente que Aristóteles teria recebido ensinamentos de Platão. Platão, segundos os livros, foi um filósofo performático. Aristóteles é, ainda, considerado como o maior cientista da antiguidade. A questão, portanto, esgota os recursos para sustentar a tese de que Platão ter ensinado a Aristóteles o que ele próprio não sabia.
 
A verdade da questão é que Aristóteles, auxiliado por Alexandre, o Destruidor, garantiu a posse dos livros das bibliotecas reais e templos egípcios. "Sintomaticamente, apesar de tão grande tesouro intelectual, a morte de Aristóteles também marcou a morte da filosofia entre os gregos, que, definitivamente, não parecem possuir as habilidades naturais para o avanço dessas ciências." p. 3
 
"O objetivo deste livro é o de estabelecer melhores relações raciais no mundo, revelando uma verdade fundamental sobre a contribuição do Continente Africano para a civilização. Deve-se ter em mente que a primeira lição da Humanidade é fazer com que um povo seja consciente de sua contribuição para a civilização e a segunda lição é ensiná-lo sobre outras civilizações. Para disseminar a verdade sobre a civilização dos povos individuais, deve ser promovido um melhor entendimento sobre a contribuição de cada um isoladamente e fazer uma avaliação histórica correta”. Esta noção é baseada no ensinamento do Grande Mestre: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará". Consequentemente, o livro é uma tentativa de mostrar que os verdadeiros autores da filosofia grega não foram os gregos; mas as pessoas do Norte de África, comumente chamado de egípcios; e o louvor e honra falsamente atribuída aos gregos durante séculos pertencem ao povo da África do Norte, e, portanto, ao Continente Africano. Consequentemente, este roubo do legado Africano pelos gregos levou à opinião mundial errônea de que o Continente Africano não fez nenhuma contribuição para a civilização e que o seu povo é naturalmente atrasado. Esta é a deturpação que se tornou a base do preconceito racial, que afetou todas as pessoas de cor.
 
"Durante séculos o mundo foi enganado sobre a fonte original das artes e das ciências; durante séculos Sócrates, Platão e Aristóteles foram falsamente idolatrados como modelos de grandeza intelectual; e durante séculos o continente Africano tem sido chamado de o continente negro, porque a Europa cobiça a honra de transmitir para o mundo, as Artes e Ciências." p.7
 
Para não deixar ninguém na dúvida sobre o poder de persuasão dos impressionantes argumentos de George James, o Capítulo 1 (Filosofia grega é roubada da Filosofia egípcia) abre com uma análise das histórias dos chamados "filósofos gregos". Pitágoras, depois de receber a sua formação no Egito, voltou às suas Samos nativas e estabeleceu a ordem para o costume naqueles dias. Os gregos Anaximandro e Anaxímenes e os nativos da Iônia Parmênides, Zenão e Melisso não ensinaram nada além dos Mistérios egípcios, assim como, Ditto, Heráclito, Empédocles, Anaxágoras e Demócrito. O que deve ser lembrado aqui é que Iônia era uma colônia do Egito (os leitores podem pesquisar em Black Athena, de Martin Bernal, publicado pela Vintage, especialmente o vol. I, ISBN 0 09 988780 0). No ápice de sua glória, o Egito dominou grande parte do mundo conhecido. Os jônicos mais tarde se tornariam persas, após a queda do Egito, antes mesmo de se tornar cidadãos gregos.
 
 
Os jônicos não reivindicaram para si a glória da filosofia ou das ciências. Os persas e os caldeus também foram apresentados aos antigos Mistérios, mas eles não reivindicaram a sua autoria. Foram os atenienses - Sócrates, Platão e Aristóteles - que usurparam este legado Africano e, assim, distorceram a história da humanidade. O que está muito claro é que foi Atenas que quem ensinou os Mistérios foi perseguido por Alexandre. Sabemos com certeza que esses filósofos foram severamente perseguidos pelo Governo ateniense pelo ensino de doutrinas estrangeiras.
 
O que é incrível sobre esses 'grandes filósofos' é a total falta de qualquer conhecimento sobre a fase inicial das suas vidas. O mundo é convidado a acreditar que estes homens que possuíam todas as habilidades sobrenaturais que lhes são atribuídas não tinham educação e, sem formação, a filosofia, a matemática e as ciências veio a eles, como num passe de mágica! A única prova produzida por este tipo de fraude é que todos os livros foram escritos por Ordens fundadas pelos impostores atenienses. Mas, como George James lembrou repetidamente, os antigos egípcios proibiram os seus alunos de escrever e essa liminar foi obedecida por todos, menos os atenienses. Temos que desculpar Sócrates, a quem George James credita ser o único que foi devidamente treinado como Iniciado. Mas, em vez de divulgar os segredos que tinha aprendido, ele bebeu um veneno. Tanto Platão como Aristóteles fugiram. No entanto, eles voltaram e reivindicaram os créditos sobre as "suas criações".
 
A questão crucial de como Aristóteles apresentou todos os livros que traziam o seu crédito é facilmente respondida pelo simples fato histórico que ele acompanhou o seu amigo, Alexandre, na última campanha e conquista. Depois que o Egito foi conquistado e destruído, a Biblioteca Real e os templos foram saqueados por Aristóteles. Foi com esses livros que ele estabeleceu a sua própria escola e, auxiliado por seus alunos, Teofrasto, Andrônico de Rodes e Eudemo, começou a copiar os livros. Esses homens também receberam os créditos pela autoria de vários livros e foram eles que formaram a organização  "O Estudo e Aprendizagem dos Escritos de Aristóteles". "Parece que o objetivo da criação da associação de aprendizes foi bater o próprio tambor e dançar para Aristóteles. A ideia de Aristóteles, para compilar uma história da filosofia, foi realizada na própria escola de Aristóteles e foram seus ex-alunos que realizaram a ideia."(P.19)
 
"A suposta filosofia grega era estranha para os gregos e suas condições de vida." No capítulo II, do seu livro, George James desenhou as condições em que os gregos estavam vivendo naquele período da história. De acordo com os mitorianos ocidentais, o período da "filosofia grega" foi localizado entre 640-322 aC. "O período da filosofia grega (640-322 aC) foi um período de guerras internas e externas, e foi, portanto, inadequado para a produção de filósofos.  A história suporta o fato de que a partir da época de Thales até a época de Aristóteles, os gregos foram vítimas de desunião interna, por um lado, enquanto por outro lado,  viviam sob constante medo de invasão dos Persas que eram um inimigo comum para as cidades-estados."
 
". . . os obstáculos contra a origem e o desenvolvimento da filosofia grega, não eram apenas a frequência das guerras e a defesa constante contra a agressão persa; mas também a ameaça de extermínio do governo ateniense,o  seu pior inimigo". pp 21-26
 
O capítulo três mostra que a chamada "filosofia grega" era apenas descendente do egípcio Sistema Mistério.Todas as artes, a filosofia e a religião que são creditados aos gregos já existiam no Egito milhares de anos antes que os gregos fossem autorizados a aprendê-las. "A mais antiga teoria de salvação é a teoria egípcia. O Sistema de Mistério Egípcio tem como objeto mais importante, a deificação do homem e ensina que a alma do homem libertado dos grilhões do corpo, poderia tornar-se divina e ver os Deuses nesta vida, alcançando a visão beatífica e mantendo comunhão com os imortais. " " (Mistérios Antigos, CH Vail. P.32)
 
O parágrafo anterior enfatiza, simplesmente, que o sistema de crenças que os evoluiu na África, há milhares de anos, tem sido distorcida e usada para abusar dos africanos atualmente.
 
Mistificadores ocidentais promovem Aristóteles, Platão e Sócrates, ao mesmo tempo em que não conseguem explicar porque esses caras eram perseguidos pelo seu próprio governo.  Estes "filósofos" foram perseguidos pela mesma razão que são cultuados hoje: "introduzir divindades estranhas. "Sócrates cometeu  um crime por não acreditar nos deuses da pólis e introduzir outras  divindades. Ele também cometeu crimes por corromper a juventude.
 
“Sócrates erra por investigar indevidamente o que se passa em baixo da terra e no céu, por tornar bons os argumentos ruins e também por induzir outros a fazerem a mesma coisa.”
 
Considerando que a Astronomia era parte do estudo exigido nas escolas egípcias, o governo ateniense perseguia os seus cidadãos por prosseguir os estudos. Quem, agora, é o pai de quê?
 
O capítulo 3 lidou com os sistemas dos Mistérios Egípcios e mostrou a sua estreita correlação com o que foi erroneamente atribuído aos gregos. Mesmo as estruturas dos aposentos eram construídas com padrões egípcios.
 
A conquista de Alexandre e a destruição dos alojamentos e as bibliotecas, incluindo os editais de Teodósio e Justiniano, suprimiu os sistemas de Mistérios Egípcios e as escolas da filosofia grega da mesma forma, abrindo o caminho para o Cristianismo, que nada mais é que uma religião egípcia muito mal entendida.
 
No capítulo 4, George James explora o fato dos gregos foram banidos do Egito por vários anos. "Devido à prática de pirataria, em que os jônicos e Garians eram mai ativos, os egípcios foram forçados a fazer as leis para restringir a imigração dos gregos e punir a sua violação por pena de morte, ou seja, o sacrifício da vítima." - P.41. Foi o rei egípcio Amasis que levantou a restrição e permitiu que os gregos entrassem no Egito como mercenários - eles não foram autorizados a estudar no Egito até a invasão persa. E até a conquista de Alexandria eles não tinham acesso às bibliotecas, mais especialmente à Biblioteca Real de Alexandria, que foi convertida em uma cidade grega.
 
O próprio Platão atestou o fato (em seu Timeu) que, aspirando alcançar a sabedoria grega, visitou o Egito para a iniciação e que os sacerdotes egípcios se referiam a ele como uma criança nos Mistérios.
 
Foi Heródoto que nos informou que Pitágoras foi admitido no Egito apenas depois de Polícrates ter dado uma carta de apresentação. Mesmo depois disso, ele teve que passar por vários testes, incluindo a circuncisão, que era obrigatória - "Apud Aegyptios nullus aut geometrica studebat, aut astonomiae secreta remabatur, nisi circumcisione suscepta '(Ninguém entre os egípcios, estudou a geometria estudada, ou investigou os segredos da Astronomia, a menos que a circuncisão havia sido realizada)"-. p.44. Foi dado para Pitágoras o crédito que o mundo está dando para um teorema que os egípcios certamente usavam na construção de suas pirâmides!
 
Heródoto e Diogenes Laertuis informaram que Demócrito viajou ao Egito para receber instruções dos sacerdotes. Platão também mostrou ter realizado peregrinação semelhante.
 
No capítulo 5 até o capítulo 7, George James analisa as doutrinas dos chamados filósofos gregos que são convincentes para mostrar a sua origem egípcia. Desde a era pré-socrática, 'filósofos' como Tales, Anaximandro, Anaxímenes e Pitágoras aos 'filósofos eleatas', como Xenófanes, Parmênides, Zenão e Melisso, à escola jônica de Heráclito, Anaxágoras e Demócrito, James mostrou que o que a história tem atribuído a esses impostores não era nada mais do que eles copiaram dos egípcios.
 
Nos capítulos mais importantes, James concluiu que os gregos eram culpados de plágio da mais alta ordem.
 
O capítulo 8 James analisou a Teologia de Mênfis que "é uma inscrição em uma pedra, agora guardada no Museu Britânico, que contém as visões teológicas, filosóficas e cosmológicas dos egípcios. Já foi referida, no meu tratamento das doutrinas de Platão; mas deve ser repetida aqui para mostrar toda a sua importância como base de todo o campo da filosofia grega". ' p. 139. Aqui James mostra como partes da filosofia da Teologia Menfítica foram atribuídas aos gregos. Este é um capítulo muito importante, pois lança luz suficiente, não só em todo a argumentação sobre os gregos terem a eidos (ideias) creditadas a eles, mas também sobre a verdadeira fonte dos conhecimentos científicos modernos.
 
Se a moderna hipótese nebular, creditada a Laplace, que sustenta que o nosso presente sistema solar era uma nebulosa gasosa que se fundiu, é cada vez comprovada como correta, o crédito deve ir para os antigos egípcios. A sua cosmologia é muito semelhante. Eles sabiam que o universo foi criado a partir do fogo. O deus egípcio Atum (Atom), juntamente com seus oito deuses, criaram o que compunham a Ennead ou divindade de nove anos, que correspondem aos nossos nove planetas principais. Atom, o sol Deus, era o Motor Imóvel, uma doutrina que tem sido falsamente atribuída a Aristóteles. Da mesma forma, o preceito "Conhece a ti mesmo" foi erroneamente atribuído a Sócrates. Como James apontou, ela era uma inscrição encontrada em cada templo egípcio. O precípuo fundamental da virtude, a justiça, a sabedoria, a temperança e a coragem, foi falsamente creditada a Platão, mas sãos os Mestres egípcios os seus criadores.
 
Aprendemos também sobre os atributos do deus egípcio Atum que são compartilhados pela moderna ATOM: a semelhança de nomes; o deus egípcio significa autocriado, tudo e nada, uma combinação de princípios positivos e negativos: tudo incluído e vazio. Mesmo os iniciantes estudantes de ciência vão reconheceu estas referências como as propriedades dos átomos.
 
No capítulo 9, final, "Reforma Social Através da Nova Filosofia da Redenção Africana", James escreveu: "Agora, que foi demonstrado que a filosofia e as artes e as ciências foram legadas à civilização pelos povos do Norte da África e não pelo povo da Grécia, o pêndulo de louvor e honra dever pender e mudar do povo da Grécia para os povos do continente Africano, que são os herdeiros legítimos de tal consideração.
 
Isso vai significar uma tremenda mudança na opinião pública mundial e na atitude de todos os povos e raças que aceitarão a nova filosofia da redenção Africana, ou seja, a aceitação da verdade que os gregos não foram os criadores da filosofia, mas os povos do Norte de África, mudaria a opinião desrespeitosa para a de respeito com as pessoas negras em todo o mundo, que merecem ser tratadas corretamente.
 
A mudança mais significativa e importante na mentalidade dos negros, será perder o complexo de inferioridade para tomar consciência da igualdade com todos os outros grandes povos do mundo, que construíram grandes civilizações. Com esta mudança na mentalidade do negro e do branco, grandes mudanças também são esperadas nas atitudes em relação ao indivíduo e na sociedade como um todo." p. 153.
 
James esboçou uma simplificada Nova Filosofia da Redenção, que consiste na seguinte proposição: "Foram os egípcios, os negros da África do Norte, os autores da filosofia cuja criação é atribuída aos gregos."
 
Ele exortou-nos a viver de acordo com essa filosofia. "Libertados do complexo de inferioridade pela sua Nova Filosofia de Redenção, que destrói a cadeia da falsa tradição encarceradora, os negros têm de enfrentar e interpretar o mundo de acordo com sua nova visão e filosofia. "
 
"Ao longo dos séculos, até nossos tempos modernos, as condições do mundo foram influenciadas por dois fenômenos que tem afetado as relações humanas:
 
- A atribuição de falsos créditos aos gregos: uma conduta que parece ser um projeto de política educacional conduzida pelas instituições de ensino. 
 
- O segundo fenômeno é o empreendimento missionário para caricaturar a cultura do povo negro na literatura e outras formas de exposição pejorativa, para provocar desrespeito e a chacota. Não nos esqueçamos de que os imperadores romanos Teodósio e Justiniano foram responsáveis ​​pela abolição dos Mistérios Egípcios, que é o sistema básico da cultura do povo negro e também do estabelecimento do cristianismo com a sua configuração perpétua. " pp 159-160.
 
O apêndice apresenta uma breve análise e a síntese dos principais argumentos de George James.
 
O Africano é ignorante e admira ou é inspirado pela cultura europeia e a sua história tem sido amplamente reconstruída. George James está entre aqueles que resgatou os crimes perpetrados pelos intelectuais europeus e ideólogos disfarçados de estudiosos contra os negros. A única justiça que pode ser feita para George G. M. James e outros valentes guerreiros da raça negra não é apenas  ler e estudar as suas obras, mas também para divulgá-las. A sagacidade ensina: "Ninguém pode humilhá-lo sem o seu consentimento."
 
Isto é muito verdadeiro para os povos mais injustamente ridicularizados na terra. Em toda a face da terra, os negros continuam a ser satirizados por civilizações que estavam iniciando quando eles estavam construindo impérios e inventando coisas e continuam a ser ridicularizados por aqueles que emprestaram, roubaram e plagiaram as suas ideias. Todos aqueles que foram convidados, de boa fé, nas suas casas estão zombando deles.
 
Os africanos, são humilhados e ridicularizados, porque a sua história foi roubado e sua herança cultural foi erroneamente atribuída a outros povos. Por que eles continuam a participar da própria humilhação? Será que é porque estão impressionados com títulos e outros acessórios com os quais os  opressores continuam a deslumbrá-los? Se Ph.D significa doutor de filosofia, não é hora de os africanos começarem a perguntar: 'De qual filosofia?" Por que estão enchendo as suas cabeças e mentes com doutrinas plagiadas de países desenvolvidos há milhares de anos apenas para ser recompensados apenas com diplomas? Por que estão vendendo, a descoberto, a rica herança em troca de certificados? Quantos dos seus doutores sabem sobre a origem egípcia da maior parte do que é creditado para a Grécia? Quantos deles estudaram sobre o legado roubado? Quantos desses, que pretendem ensinar a "História Africana", lera o revelador e importante livro de George James?
 
Se eles continuam a ser ridicularizados, é só porque permitem ser ridicularizados. Qualquer Africano que estudou a sua história vai encontrar uma satisfação interior indescritível. 
 
Se ele anda de com o espírito elevado e com a confiança de que ele pode se fortalecer contra qualquer pessoa no mundo. Nenhum estudioso, negro ou branco ou marrom ou amarelo discute com os fatos básicos da história.Apenas os intelectuais psicodélicos, aqueles que não são nada mais sérios do que os seus gurus da televisão.
 
O Legado Roubado não é um livro contra qualquer um poderia argumentar. Cada frase, cada parágrafo apresentou devidamente as fontes de pesquisas verificáveis. George James foi plenamente consciente do fardo que carregava quando escreveu a sua obra monumental. O seu livro que pode ser facilmente lido e entendido por leigos, ao contrário das besteiras mistificadoras ocidentais que são servidas, repletas de pirotecnias gramaticais para dificultar e esconder o exercício da incoerência.
 
Eu sei que alguns vão encontrar qualquer desculpa para não ler livros e que não vai pensar duas vezes antes de descartar um Shakespeare, por achar que vai consumir muito do seu tempo. Isso, no entanto não deve parar aqueles que querem ir em frente e buscar mais conhecimento sobre o seu passado. Não há nenhuma razão para qualquer um acreditar em George  James, mas todos devem encontrar o seu próprio caminho para a sua própria salvação.  Um povo sem passado, diz o ditado, é como uma árvore sem raízes.
 
Ninguém, que não tenha lido o Legado Roubado, deve ser autorizado a ensinar a história Africana. Ninguém, que não tenha lido o Legado Roubado, deve considerar-se educado. A próxima vez que alguém brandir um Ph.D na sua cara, a sua pergunta a ser feita deveria ser: "Você já leu o Legado Roubado?"
 
"Não acredite, estude! " - Femi Akomolafe.
 
 
Título: Stolen Legado | Autor: George GM James | Editor: Africa World Press
 
PO Box 1892 | Trenton, New Jersey 08607 | ISBN: 0-86543-361-5 [cloth] | ISBN: 0-86543-362-3 [papel]
http://www.cinfil.com.br/arquivos/apologia.pdf
Por Yeye Akilimali Funua Olade
 

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

"100 livros infantis com meninas negras"

https://100meninasnegras.tumblr.com/

Este é um projeto do blog A mãe preta que visa trazer visibilidade para as meninas negras na literatura infantil.
                             

013/100 A lua cheia de ventoAutora: Mel AdúnIlustradora: Reane LisboaEditora: Ogum’s Toques NegrosA história do amor entre Gotinha e Ventania é contata de maneira suave e encantadora por Mel Adún, iniciando a série Contos de Mel. Onde encontrar: InaLivros

PROJETO: BRASIL: DNA ÁFRICA

http://www.afreaka.com.br/notas/projeto-brasil-dna-africa-e-o-encontro-com-ancestralidade/

BRASIL / ÁFRICA

PROJETO BRASIL: DNA ÁFRICA E O ENCONTRO COM A ANCESTRALIDADE
por Débora Armelin


Brasil: Dna África é uma iniciativa sensível e de extrema importância para o povo brasileiro. (Foto: Reprodução)


No momento de partida para embarcar nos navios negreiros, africanos escravizados eram obrigados a dar várias voltas em torno do imenso Baobá, considerada a árvore do esquecimento, deixando ali sua memória, crenças, origens e história, para assim serem batizados com uma nova identidade cristão-ocidental e serem enviados à diversos países.


Assim, cerca de 4,9 milhões de pessoas foram trazidas para o Brasil nesta condição entre os séculos XVI e XIX. A travessia do Atlântico a bordo destas embarcações em condições sub-humanas causou diversos traumas e uma significante ruptura na história das gerações seguintes que tinham apenas como referência uma ancestralidade escravocrata, sem definição de etnias. Foi então este o ponto de partida do projeto Brasil: DNA África, uma produção da Cine Group que tem como objetivo investigar a origem dos afrodescendentes brasileiros no intuito de reconstruir a identidade de cada um.



Ao todo foram escolhidas 150 pessoas para participarem do projeto que investiga suas origens africanas.  (Foto: Divulgação) 


Foram escolhidas 150 pessoas dos cinco estados brasileiros que mais receberam africanos escravizados: Bahia, Rio de Janeiro, Maranhão, Minas Gerais e Pernambuco. Desses 150, a maioria deles sendo militantes da causa negra no Brasil, cinco foram selecionadas, uma de cada estado, para a série de documentários.


A proposta das filmagens é investigar a origem de cada um dos cinco por meio de três vertentes: histórica, cultural e científica, proporcionando por fim a todos uma viagem ao país de origem de seus descendentes e um contato direto com a etnia, fazendo com que se estabeleça um laço com as raízes.



A proposta das filmagens é investigar a origem de cada um dos cinco por meio de três vertentes: histórica, cultural e científica, proporcionando por fim a todos uma viagem ao país de origem de seus descendentes. (Foto: Divulgação) 


O baiano Zulu Araújo foi quem estreou o projeto, saindo de Salvador direto para a República de Camarões para descobrir que carrega em seu sangue uma herança proveniente da comunidade tikar. Emocionado com essa descoberta, Zulu declarou que foi uma surpresa, “pensava, como muitos baianos, que era iorubá. Tive que refazer minha identidade em minha cabeça aos 62 anos.”


A carioca Juliana Luna também teve a oportunidade de viajar à Nigéria, passando por Lagos e Ilê Ifé em encontro com com sua raiz iorubá. Já Raimundo Garrone foi direto do Maranhão para descobrir-se descendente do povo balanta, de Guiné-Bissau. O pernambucano Levi da Silva Lima por sua vez pegou avião para para Moçambique encontrar com os makuas e finalizando a série, o músico mineiro Sergio Pererê se encantou com a musicalidade do povo Mbundu, na Angola.


Para chegar ao resultado com precisão, os testes de DNA são levados a um laboratório em Washington, nos Estados Unidos, o African Ancestry, que mantém registrado em seus arquivos mais de 220 etnias africanas.



É importante mostrar ao Brasil que o país foi colonizado por africanos e não somente os portugueses. (Foto: Divulgação) 

O diretor-geral do projeto, Carlos Alberto Jr., reforça a importância de mostrar ao Brasil que o país foi colonizado por africanos e não somente os portugueses. Hoje, a população negra ultrapassa os 50% e não se pode esquecer suas origens, estas que provem dos africanos.


Brasil: Dna África é uma iniciativa sensível e de extrema importância para o povo brasileiro no que se refere ao resgate histórico e cultural necessário para construir ou reforçar as heranças negras de cada pessoa. Para que um indivíduo crie sua própria identidade é necessário que ele saiba de onde veio, que ele conheça suas raízes. Que o projeto inspire e prolifere para que seja maior o número de homens e mulheres negras conhecedores de sua ancestralidade.


Visite o site oficial para saber mais:http://cinegroup.com.br/2014/07/brasil-dna-africa/

"O dia em que Beyoncé virou negra"

http://www.brasil247.com/pt/colunistas/neggotom/216990/O-dia-em-que-Beyonc%C3%A9-virou-negra.htm

O dia em que Beyoncé virou negra


TIMOTHY A. CLARY: <p>Beyonce performs during the Pepsi Super Bowl XLVII Halftime Show at the Mercedes-Benz Superdome on February 3, 2013 in New Orleans, Louisiana. AFP PHOTO / TIMOTHY A. CLARY</p>
Alguns indivíduos são nossos amigos e admiradores apenas por conveniência. Basta que façamos algo ou expressemos alguma opinião que não lhes satisfaça a suprema vontade e pronto. Acabou a amizade e admiração. Na verdade a admiração nunca existiu.  A amizade muito menos. Você era apenas uma peça no tabuleiro do jogo de vida dessa pessoa. Enquanto você estava lhe garantindo pontos, ok! Quando ela percebe que você não vai mais fazer o seu jogo, ela lhe aplica um game over. Ou seja, não quero mais papo. Não serve mais pra mim.
A cantora Beyoncé está experimentando o gosto amargo dessa porção hipócrita da humanidade. Porção essa que é bem maior do que possamos imaginar. A artista foi uma das atrações no palco do Super Bowl, no intervalo da final do campeonato americano de futebol, que costuma ter a maior audiência da TV nos EUA. A então, grande diva da música pop americana, cantou a sua nova música de trabalho, “Formation”, cuja letra toca na ferida do racismo nos EUA e escracha a violência e os assassinatos cometidos por abuso de poder por parte de polícia e que vitima os negros daquele país há décadas.
Além de trajarem, ela e suas dançarinas, um figurino que remetia ao grupo Panteras Negras, organização que entre os anos 1960 e 1980 denunciava os abusos sofridos pela população por parte da polícia norte americana e pregava uma revolução negra no país, Beyoncé ainda fez um “X” durante sua performance, numa clara alusão a Malcolm X, grande líder negro e defensor do nacionalismo negro nos EUA. Uma das frases da música cantada por Beyoncé no palco do Super Bowl diz: “Eu posso ser um Bill Gates negro em progresso, porque eu arraso” Foi um alvoroço total. Ela acabara de se transformar no maior lançador da história do Super Bowl, fazendo um lançamento de 100 jardas, preciso e certeiro. Só que a bola caiu feito uma bomba na mão do recebedor. E como batata quente ninguém segura, deu-s e a discórdia.
Beyoncé despertou a ira dos conservadores e foi desencadeada uma campanha de boicote a artista. Até o ex-prefeito de Nova York, Rudy Giuliani, se manifestou contra o discurso de empoderamento negro da cantora, alegando que a cantora atacou a polícia norte-americana e estimulou a violência. Outros grupos, inclusive de fãs do Super Bowl, repudiaram o que eles classificaram como “discurso de ódio e racismo” e até organizaram um protesto em frente a sede da liga nacional de futebol americano. Mas por que uma simples música gerou tanta polêmica? Por que a diva do pop internacional está sendo colocada no paredão?
Experimente você, que é negro e lê esse artigo, a falar sobre racismo com seus amigos, vizinhos ou colegas de trabalho que não são negros. Traga a tona todo o constrangimento histórico que foi causado a seus antepassados e que ainda hoje tem consequências em nossa sociedade.  Certamente você ouvirá frases do tipo: “Isso é coisa da sua cabeça”, “Isso não existe mais”, “Somos todos iguais” Mas caso você insista e decida se manifestar de forma mais contundente, não aceitando o tratamento inferior que lhe é dado por seu chefe, não se calando diante de atitudes racistas no seu dia a dia e colocando o dedo na cara e na ferida de quem é portador de um racismo internalizado e nem se dá conta disso, prepare-se! Você será visto como um perigo para a sociedade.
O oprimido passa a ser o opressor das ideias de quem o oprime, quando não se cala diante da opressão sofrida. A sua justa indignação diante da injustiça que lhe é imposta, acaba sendo usada contra ele, sob o argumento de que ele é um subversivo de alta periculosidade e que a qualquer momento pode deflagrar uma onda de revolta nos oprimidos, impedindo assim que o sistema continue a privilegiar a tradicional casta fascista que detém o poder.  Na verdade esse perigoso subversivo é um libertador que conscientiza os demais e os alerta para que façam valer os seus direitos de igualdade em relação a todos.  Beyoncé foi subversiva na visão dos fascistas. Ousou a desafiar publicamente um sistema que até então não a enxergava, ou fingia não enxergá-la como negra, devido à posição social que ela ocupa e também devido ao fato de até então ela não ter se manifestado de forma tão contundente contra o racismo institucionalizado em nossa sociedade.
O negro conformado, subserviente e que acredita na meritocracia e na justiça social dos fascistas é sempre bem aceito. Até porque ele já sabe onde é o seu lugar. Não vai querer incomodar ninguém. Mas o negro libertário, contestador e de personalidade, é sempre um problema. É polêmico, problemático, quer ser tratado com respeito, quer os mesmos direitos, não quer mais ficar na senzala do esquecimento e da opressão. Os racistas piram! A Beyoncé de “Single Ladys” ficou para trás. O norte americano pensava que ela fosse branca e quando descobriram que ela não passa de uma negra de sucesso, se decepcionaram. Talvez agora eu entenda a razão pela qual o nosso Pelé não abra mão da sua “White face” social. Ele é o rei do futebol e se descobrirem que ele é negro, a sua coroa pode p assar para outra cabeça. Afinal, em terra de fascista, nem todo mundo pode ser rei. Mas qualquer um é coroado, desde que pense e aja como um.
Viva a resistência!



domingo, 14 de fevereiro de 2016

Projeto Brasil DNA África - Brasileiros conhecem ancestrais africanos


http://globoplay.globo.com/v/4811702/


Por que nos EUA não tem batucada?

http://www.socialistamorena.com.br/por-que-nos-eua-nao-tem-batucada/

(Uncle Tom’s Cabin Contrasted…, Robert Criswell, 1852)
Não é curioso que os Estados Unidos não usem tambores em sua música como todos os outros países que tiveram mão-de-obra escrava vinda da África? Eu sempre fiquei me perguntando isso. Por que a música dos negros norte-americanos é tão diferente da música brasileira, de Cuba, do Caribe? Onde foram parar os tambores? Cadê a batucada?
Pense em todos os grandes ídolos da música afro-americana: Charlie “Bird” Parker tocava sax. Louis Armstrong tocava trompete. Nina Simone tocava piano, assim como Stevie Wonder e Ray Charles. Miles Davis tocava trompete. E Wynton Marsalis, idem. Robert Johnson tocava guitarra. Chuck Berry, idem. Leadbelly tocava um violão de 12 cordas.
Os negros chegaram aos EUA vindos, em sua maioria, de regiões que hoje se conhecem como Senegal, Gâmbia, Nigéria, Camarões, Namíbia, Congo, Angola e Costa do Marfim. Os negros brasileiros vieram de Moçambique, do Benin, da Nigéria, e também de Angola, Congo e da Costa do Marfim. Com todas as diferenças existentes entre estas nações africanas, todas elas faziam uso de tambores com fins musicais e de comunicação. Por que então nós temos o samba e os gringos não? Por que não tem atabaque, agogô e cuíca na música afro-americana e sim saxofone, clarinete, trompete, instrumentos “de brancos” que os negros, aliás, aprenderam a tocar com maestria? Simplesmente porque os tambores foram proibidos na terra do tio Sam durante mais de 100 anos.
No dia 9 de setembro de 1739, um domingo, em uma localidade próxima a Charleston, na Carolina do Sul, um grupo de escravos iniciou uma marcha gritando por liberdade, liderados por um angolano chamado Jemmy (ou Cato). Ninguém sabe o que detonou a rebelião, conhecida como a “Insurreição de Stono” (por causa do rio Stono) e que é considerada a primeira revolta de escravos nos EUA. Conta-se que eles entraram numa loja de armas e munição, se armaram e mataram os dois brancos empregados do lugar. Também mataram um senhor de escravos e seus filhos e queimaram sua casa. Cerca de 25 brancos foram assassinados no total. Os rebeldes acabaram mortos em um tiroteio com os brancos ou foram recapturados e executados nos meses seguintes.
A reação dos senhores foi severa. O governo da Carolina do Sul baixou o “Ato Negro” (Negro Act) em 1740, trazendo uma série de proibições: os escravos foram proibidos de plantar seus próprios alimentos, de aprender a ler e escrever, de se reunir em grupos, de usar boas roupas, de matar qualquer pessoa “mais branca” que eles e especialmente de incitar a rebelião. Como os brancos suspeitavam que os tambores eram utilizados como uma forma de comunicação pelos negros, foram sumariamente vetados. “Fica proibido bater tambores, soprar cornetas ou qualquer instrumento que cause barulho”, diz o texto.
A proibição se espalhou pelo país e só foi abolida após a guerra civil, mais de um século depois, em 1866. Antes disso, o único lugar onde os negros podiam se reunir com certa liberdade eram as igrejas; daí o surgimento dos spirituals, a música gospel, com letras inspiradas pela Bíblia, que eles cantavam muitas vezes à capela (sem instrumentos) ou marcando o ritmo com palmas. As mãos batendo no corpo e os pés batendo no chão foram os substitutos que os escravos encontraram para os tambores, resultando em formas de dança e música conhecidas como “pattin’ juba”, “hambone” e “tap dance” (sapateado), ainda hoje utilizados por artistas negros (e também brancos) dos EUA.


“Os tambores ‘falantes’ africanos interagiam com os dançarinos utilizando diferentes ritmos, assim como comunicando mensagens através dos tons e batidas. Os tocadores de tambor podiam fazer seus instrumentos ‘falarem’ sons específicos, de forma que a percussão constituía um texto sonoro. A musicalidade de várias palavras africanas era tão precisa que elas podiam ser escritas como notas musicais. Os escravos levaram estes ritmos e o uso destas técnicas para a América”, diz o coreógrafo norte-americano Mark Knowles, autor do livro Tap Roots: the Early History of Tap Dance.
Os brancos sabiam que as rebeliões de escravos eram organizadas durante encontros que envolviam dança e que a cadência dos tambores podia ser um convite à insurreição, com o uso dos tambores falantes. “Proibidos os tambores, o corpo humano, o mais primitivo de todos os instrumentos, se tornou a principal forma de ritmo e de comunicação entre os escravos. “Usando o corpo como percussão, em uma tentativa de imitar os sofisticados ritmos e cadências dos tambores, com o elaborado uso de batidas dos saltos e do bico do sapato, surgiu o que chamamos de ‘tap dance’. Mesmo hoje em dia, quando dois sapateadores mantêm uma conversação com seus pés, é como se estivessem telegrafando mensagens, como faziam originalmente os tambores africanos”, afirma Knowles.

Alguns estudiosos atribuem ao banimento dos tambores o fato de a música dos EUA em geral não ser tão rica em compassos como a sul-americana ou a caribenha. “Há uma coisa peculiar que quase toda a música norte-americana tem em comum: uma extensa ênfase em um mesmo ritmo, muito diferente da encontrada em qualquer outro lugar no mundo. É assim: Boom – Bap – Boom – Bap, com um bumbo na primeira e terceira batidas, ou em todas as quatro, uma caixa precisamente na segunda e quarta, e quase nada entre elas. Este ritmo é chamado de ‘duple’ (compasso binário) em teoria musical, e você pode encontrar variações dele em todos os estilos da música americana popular moderna: Blues, Motown, Soul, Funk, Rock, Disco, Hip Hop, House, Pop, e muito mais”, diz o DJ Zhao neste interessante artigo.
“O predomínio generalizado deste monorritmo simplificado, rígido e mecânico, minimizando elementos polirrítmicos na música para o papel de embelezamento, às vezes ao ponto de não-existência, é muito diferente do foco em polirritmos complexos que existe em várias formas da moderna música sul-americana e caribenha: o Son Cubano e a Rumba, a Bossa Nova brasileira, o Gwo Ka e Compas haitiano, o Calipso de Trindade e Tobago… Nenhum deles depende tão extensivamente do duple.”
Em sua autobiografia, To be or Not… to Bop, o trompetista Dizzy Gillespie atribui esta menor complexidade rítmica da música afro-americana em relação à música afro latino-americana à proibição dos tambores. “Os ingleses, ao contrário dos espanhóis, tiraram nossos tambores”, lamenta Gillespie (leia mais aqui). Em meados da década de 1940, muitos congueros (tocadores de conga, espécie de atabaque) migraram para os Estados Unidos e exerceram influência na música local, criando o jazz afro-cubano. Gillespie colocou a conga do cubano Chano Pozo em sua música e a parceria resultou em Manteca (1947), canção pioneira por introduzir percussão cubana no jazz.

Nos rincões do Mississippi, driblou-se a proibição dos tambores com bandas de flautas e tarol (caixa), instrumentos que eram aceitos e inclusive tocados no Exército durante a guerra civil. Em 1942, o folclorista Alan Lomax gravou pela primeira vez gente como Othar Turner e Ed e Lonnie Young, cuja sonoridade esbanja ancestralidade, soa a África e foi comparada à música haitiana. É o mais próximo de uma batucada que encontrei na música negra dos EUA. Não parece meio maracatu?


Enquanto nos Estados protestantes os tambores eram banidos, na católica Louisiana eles foram permitidos até o século 19 e eram utilizados sobretudo nas cerimônias de vodu, religião afro-americana levada para os EUA pelos escravos do Benin, antigo Daomé – de onde vieram também a maioria dos negros da Bahia. Assim como em Salvador, havia muito sincretismo em New Orleans até começar a perseguição ao vodu e por conseguinte aos tambores.
A partir de 1850 o uso de tambores passou a ser restringido até mesmo na Congo Square, uma praça da cidade onde tradicionalmente os negros se reuniam para tocar tambores, dançar e entrar em transe espiritual ao som de música. Nos anos 1970 a praça foi reabilitada e até hoje rola um batuque de primeira por lá.

Apesar desta “percussofobia”, como alguns chamam, a música negra dos EUA é maravilhosa, sem sombra de dúvidas. Mas como seria ela se os tambores não tivessem sido proibidos? Mais parecida com a brasileira? Nunca saberemos.



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