segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Stickfights and Lip Plates - the Surma, South West Ethiopia

Mursi woman inserting lip plate JaninMaj


Mobilização Pró-Saúde da População Negra 2011:  sociedade civil e governo debatem os impactos do racismo e discriminação nas condições de saúde da população negra

Com a finalidade de garantir a efetivação dos direitos à saúde da população negra brasileira, sobretudo o direito humano à saúde, estão sendo intensificadas durante os meses de outubro e novembro, em diversas localidades do Brasil, atividades que fazem parte da Mobilização Nacional Pró Saúde da População Negra 2011

A Mobilização liderada pela Rede Nacional de Controle Social e Saúde da População Negra, em parceria com a Articulação de Mulheres Negras Brasileiras – AMNB, Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde, Rede Lai Lai Apejo – População Negra e AIDS, Rede Nacional Afro-Atitudes, Rede Sapatà - Promoção e Controle Social em Saúde das Lésbicas Negras, pretende estimular a sociedade no reconhecimento e enfrentamento do racismo, da discriminação e das desigualdades raciais como fatores que restringem o exercício do direito humano à saúde. A agenda - que já começou - segue até 20 de novembro, data em que o país celebra a imortalidade de Zumbi dos Palmares. 

A iniciativa conta com apoio do UNFPA - Fundo de População das Nações Unidas, no âmbito do Programa Interagencial de Promoção da Igualdade de Gênero, Raça e Etnia, e a campanha tem o slogan “Saúde da População Negra é Direito, é Lei: racismo e discriminação fazem mal à saúde”. Serão promovidos em todo território nacional debates e outras ações estratégicas nas comunidades, unidades de saúde, unidades hospitalares, envolvendo especialistas, gestores/as, profissionais de saúde, lideranças comunitárias, sociedade civil organizada focadas no enfrentamento do racismo institucional no SUS e no processo de implantação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) nos estados e municípios.

A Política aprovada em 2006, pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS), publicada em Portaria nº 992/GM (13/05/2009) e convertida em lei pelo  Estatuto da Igualdade Racial - Lei 12.288/10 tem como objetivos: - Garantir e ampliar o acesso da população negra residente em áreas urbanas, do campo e da floresta às ações e aos serviços de saúde; Incluir o tema étnico-racial, nos processos de formação e educação permanente dos trabalhadores e trabalhadoras da saúde e no exercício do controle social; Identificar, combater e prevenir situações de abuso, exploração e violência; Garantir a utilização do quesito cor na produção de informações epidemiológicas para a definição de prioridades e tomada de decisão; Identificar as necessidades de saúde da população negra e utilizá-las como critério de planejamento e definição de prioridades.  Como ressalta a psicóloga Crisfanny Souza Soares ainda “é preciso que a política aconteça. A maioria das ações voltadas para a saúde da população negra ainda são tímidas e precisam ser fortalecidas”. Souza responde pela articulação nacional da Mobilização.
  
27 de Outubro – Dia da Mobilização 
No marco da Mobilização Nacional, as Redes destacam os processos em curso, os avanços, mas também relembram que ainda existem práticas e comportamentos discriminatórios nos serviços. “Em 2010 tivemos êxito em nossas ações graças às 92 iniciativas desenvolvidas nos diversos estados brasileiros. A Mobilização é uma iniciativa estratégica de luta por direitos. As atividades mobilizadoras vêm acontecendo durante o ano todo sendo intensificadas no período de 27 de outubro a 20 de novembro”, concluiu Crisfanny. A Mobilização Nacional Pró-Saúde da População Negra é agora. Use sua criatividade e faça parte! As atividades podem ser desde encontros, seminários, tendas temáticas, rodas de conversa com gestores/as e conselheiros/as  de saúde de sua cidade ou estado, entre outros. 

Preencha o formulário em anexo e envie por e-mail para redesaudenegra@gmail.com.
Integre essa rede colaborativa de promoção e defesa do direito humano à saúde.

Confira as atividades da Mobilização 2011!  (http://g.co/maps/hmrkt)
Mais informações: Crisfanny Souza Soares – Articuladora da Mobilização
Facebook: Mobilização Nacional Pró Saúde da População Negra
Telefone: (41) 9907-4480 | Twitter: @redesaudenegra
Site: http://redesaudedapopulacaonegra.org/
E-mail: redesaudenegra@gmail.com

Rede Nacional de Controle Social e Saúde da População Negra

Equipe de Mobilização Nacional Pró Saúde da População Negra 2011
Crisfanny Souza Soares - Articuladora Nacional / (41) 9907-4480
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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

SAÚDE


Fábricas reduzirão substância em refrigerante por risco de doença
28 de outubro de 2011 21h13 atualizado às 21h21


As fabricantes de refrigerantes no Brasil Coca-Cola, Companhia de Bebidas das Américas (AMBEV) e a Schincariol se comprometeram a reduzir, no prazo máximo de cinco dias, a quantidade de benzeno - agente químico capaz de desencadear doenças sanguíneas, segundo especialistas - em todos os seus refrigerantes de baixas calorias ou dietéticos cítricos. As empresas firmaram o acordo por meio de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), divulgado nesta sexta-feira pelo Ministério Público Federal em Minas Gerais.
As empresas deverão adotar medidas para que esses refrigerantes passem a ter, como parâmetro máximo, a quantidade de 5ppb (cinco partes por bilhão ou 5 microgramas por litro) de benzeno, limite adotado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a água potável.
A presença do benzeno nas bebidas foi detectada em 2009 pela Associação de Consumidores Pro Teste ao realizar exames em sete amostras de diferentes marcas. A partir da informação, o MPF instaurou inquérito civil público para apurar o caso. No curso da investigação, descobriu-se que, no Brasil, não existe qualquer regulamentação estabelecendo os níveis máximos de benzeno em refrigerantes.
Os fabricantes informaram que a formação do benzeno decorre de um processo químico geralmente desencadeado nos refrigerantes light/diet, já que a presença do açúcar inibe a formação da substância. Disseram ainda que "a eventual identificação de traços mínimos de benzeno em determinado produto pode se dar por razões diversas e alheias aos esforços da empresa, como, por exemplo, em decorrência da quantidade de benzeno pré-existente na água".

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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Acre cria proposta para ensino religioso nas escolas públicas

http://blogdaamazonia.blog.terra.com.br/2011/11/21/acre-cria-proposta-para-ensino-religioso-nas-escolas-publicas/

Altino Machado às 2:23 pm
Acre
Educadores, religiosos e políticos reunidos em Rio Branco (AC)
Uma proposta curricular de ensino religioso nas escolas públicas foi apresentada nesta segunda-feira (21) ao governo do Acre, em Rio Branco, durante a abertura da I Conferência Estadual da Diversidade Religiosa.
A conferência tem como objetivo revelar a identidade de cada um dos principais grupos religiosos presentes no Acre e lutar para que a escola pública seja espaço democrático e pluralista contra todo o tipo de preconceito, discriminação e de fundamentalismo mesmo religioso.
Promovido pelo Instituto Ecumênico Fé e Política e a Secretaria Estadual de Educação, a abertura do evento foi marcada por orações do bispo do Acre, Joaquim Pertiñez, e da Mãe Raimundinha, que dirige um centro de umbanda.
O governador em exercício César Messias e os secretários de educação Daniel Zen (estadual) e Márcio Batista (municipal) também participaram da abertura da conferência. Zen afirmou que a proposta curricular para o ensino religioso possivelmente será adotada a partir do próximo ano.
A proposta do Instituto Ecumênico Fé e Política, no formato de uma cartilha, oferece a professores e lideranças religiosas informações para capacitá-los para o diálogo inter-religioso na sociedade pluralista, além de estimular a cooperação entre as diversas denominações e expressões de fé.
- Nosso objetivo é a construção da paz, da cidadania, da democracia e do respeito aos direitos humanos - afirmou o ex-padre e ex-deputado do PCdoB, Manoel Pacífico, que dirige o Instituto Ecumênico Fé e Política, uma entidade de direito privado, suprapartidária, comprometida com a justiça social e o respeito à diversidade cultural e religiosa.
A cartilha sobre diversidade religiosa  no Acre é resultado de quase seis anos de encontros, inicialmente de representantes católicos e evangélicos, ampliados há mais de quatro anos com representantes espíritas, daimistas e de religiões de matriz africana.
A exemplo dos demais Estados brasileiros, o Acre possuía uma população de maioria católica, mas assistiu nos últimos anos o crescimento rápido da população protestante, estimada no País em 25% pelo IBGE.
De acordo com o Instituto Ecumênico Fé e Política, os dois fatores tem importância nas relações inter-religiosas na sociedade, particularmente dentro das escolas, uma vez que no Estado há também outros grupos expressivos, adeptos de outras tradições espirituais como daimistas, espíritas, e os seguidores de cultos de matriz africana, como o candomblé e a umbanda.
Sem espaço para doutrinar
A proposta também menciona a história de outras tradições espirituais presentes na Amazônia, como a indígena, islâmica, budista, bahai e seicho-no-ye.
Os participantes da conferência assinalam que o reconhecimento da diversidade religiosa impõe-se de forma absoluta, em função de uma série de fatores de ordem histórica de desinformação, de preconceitos e até de ordem cultural e religiosa.
Na avaliação deles, o desconhecimento generalizado entre os diversos grupos religiosos presentes no Acre, favorece algumas atitudes fundamentalistas de grupos majoritários sobre outros considerados de menor expressão.
- É necessário ouvir os diversos grupos que compõem este universo religioso no Estado, que nos revelem sua história e sua própria identidade. Esses relatos tem, portanto, muito de história e também, de forma diferenciada, a identidade de cada denominação - afirma o documento.
Católico, o governador em exercício César Messias destacou o trabalho social e religioso das igrejas evangélicas no Acre. Messias manifestou apoio à proposta de ensino religioso e aproveitou a ocasião  para revelar que costuma participar de rituais com o uso de ayahuasca ou daime, como é mais conhecida a bebida que provoca mirações, feita a partir do cozimento de um cipó e de uma folha.
- Eu me sinto muito bem quando participo dos cultos da Assembléia de Deus ou quando me reúno com jovens da igreja Batista. Mas também me sinto muito bem quando tomo daime. Ninguém pode afirmar que o daime é uma droga. Só sabe o que é o daime quem toma o daime - afirmou o governador.
O secretário de educação de Rio Branco, Márcio Batista, foi o primeiro a defender que a cartilha intitulada “Muitos são os caminhos de Deus” seja incorporada pelo Conselho Estadual de Educação como proposta curricular para o ensino religioso nas escolas públicas do Acre.
- O pensamento religioso não é único e a escola não pode ser espaço para doutrinar ou catequizar - afirmou Batista.
Autoridades eclesiásticas e pol�ticas do Acre
Autoridades eclesiásticas e políticas do Acre