segunda-feira, 25 de junho de 2012

O Brasil Africano

PRESIDENTE NEGRO NO BRASIL. NILO PEÇANHA


Nilo Peçanha e Obama: muito além da cor da pele

nilo-pecanha_barack-obama.jpg
O historiador Alberto Costa e Silva diz, em entrevista a ÉPOCA on Line, que o Brasil já teve um presidente negro: Nilo Peçanha, que governou o Brasil entre 1909 e 1910. Ele cita outros presidentes com pele morena, cabelos e barbas crespos, como Rodrigues Alves.
A erudição de Alberto Costa e Silva não pode ser colocada em dúvida. Seus conhecimentos sobre África e Brasil são preciosos.
Mas a comparação é curiosa pelo seguinte: Nilo Peçanha tinha a pele negra e outros traços que, a partir de determinados estereótipos, costumam ser associados às pessoas negras. (Estereótipos são detestáveis neste caso porque escondem a riqueza da raça humana).
A cor da pele de Nilo Peçanha era isso – a cor da pele.
Exerceu o cargo e não há notícia de que tenha sofrido constrangimentos. Por quê?
Porque o que importa é a história, a circunstância. Num momento, a cor da pele não diz nada. Em outro, pode dizer muito.
Eleição naquele país da República Velha estava longe de ser um evento popular. Menos de 1% da população votava. Não havia fotos.
Aquele era um país mais moreno que o Brasil das décadas seguintes.
O cativeiro tinha sido abolido duas décadas antes.
Os grandes fluxos migratórios do final do século XIX, que embranqueceram a população – São Paulo chegou a ser uma cidade onde estrangeiros europeus eram mais da metade da população – ainda não tinham produzido efeito.
Boa parte da elite era mestiça, embora não aceitasse isso.
Nilo Peçanha era um candidato da aristocracia da política café com com leite, que reconhecia os mestiços como uma realidade cultural distinta – ao contrário do que ocorre nos EUA, onde uma pessoa era considerada negra desde que um de seus antepassados de terceira geração fosse negro.
A pele de Obama é de outra história e de outra linhagem.
Seu pai era um intelectual queniano e sua mãe, uma típica jovem de 1968, o ano em que os negros incendiaram várias cidades americanas em protesto pelo assassinato de Martin Luther King Jr.
São outras histórias – ainda que seja a mesma cor de pele.
(Agradeço às contribuições da leitora Luciene da Rocha Vieira para  uma nova redação à esta nota)

sábado, 23 de junho de 2012

ÁFRICA -

Kweku Omowale
 22 de Junho de 2012 21:31

qdo os negros eram dono do mundo um grande documentario,a terra dos deuses e deusas,afrika, esta em ingles,mas e um grande documentario! como diz um proverbio akan,a ruina de uma nacao comeca no lar,pra os akan o lar ja e uma nacao,

 when blacks ruled the world! great documentary! enjoy people,espero que voces gostem e curtam este grande documentario, postarei sobre nosso grande cientista cheik anta diop,o documentario esta em frances

 http://youtu.be/WKGRSkVvzqk



When Black Ruled The World

www.youtube.com

When Black Men Ruled The World

quinta-feira, 21 de junho de 2012

COTAS RACIAIS - NA USP


Pressionado, Conselho Universitário da USP terá de discutir cotas raciais

Publicado em 21/06/2012, 11:40
Última atualização às 12:55
Pressionado, Conselho Universitário da USP terá de discutir cotas raciais
Conquista ocorreu após protesto de manifestantes da Frente Pró-Cotas, na sede do Conselho (Foto: Núcleo Consciência Negra da USP)
São Paulo – A Frente Pró-Cotas Raciais da Universidade de São Paulo (USP) conseguiu aprovar ontem (20) que o tema das cotas esteja na pauta de reunião do Conselho Universitário da instituição, no prazo máximo de 90 dias. A conquista ocorreu após manifestação de aproximadamente 100 estudantes e apoiadores da Frente, na sede do Conselho, no Campus Butantã, zona oeste da capital.
A inclusão do tema, segundo o movimento, foi resultado da coleta de assinaturas de mais de 20% dos membros do Conselho, como prevê o regimento interno do órgão. É a primeira vez que o assunto da implementação de um sistema de reserva de vagas com recorte racial será tratado em reunião do grupo, afirmou a Frente.
Para o estudante Leandro Salvático, do Núcleo de Consciência Negra da USP, entidade que compõe a Frente, é preciso que a universidade se ajuste a partir da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que aprovou a constitucionalidade do sistema de cotas no ensino superior.  “A USP tem sido omissa, mas não tem mais escolha, porque o debate está sendo feito junto à sociedade”, afirmou.
Segundo a Frente, o resultado é um “esboço de vitória, imposta pela união do movimento negro, sindical e estudantil contra o conservadorismo que, ainda e infelizmente, existe nas universidades paulistas”.

NOVA AFRICA - PROGRAMA TV BRASIL


Próximo episódio

  • Nova África visita igrejas escavadas na rocha na Etiópia

    País foi o segundo no mundo a adotar o cristianismo como religião oficial
    A Etiópia, um dos Estados mais antigos do mundo, foi o segundo a adotar oficialmente a religião cristã: precedeu Roma e foi antecedido apenas pelos armênios.
    É um caso único na África na medida em que o cristianismo ali não foi introduzido pelos europeus no século XV e XVI, ao contrário, Axum tornou-se cristã antes mesmo da existência dos países europeus e apesar das guerras cristãs-muçulmanas da primeira metade do século XVI, os dois milênios de história cristã da Etiópia são testemunhados por um imponente patrimônio de igrejas e mosteiros.
    A equipe da série Nova África visitou Lalibela e descobriu a beleza de um complexo de 11 igrejas escavadas na rocha! Neste episódio, conheça juntamente com nossa repórter, Aline Midlej, a beleza de Bet Giorgis (Igreja de São Jorge), a igreja em forma de cruz, que foi literalmente construída de cima para baixo por meio da técnica de subtração de cerca de 3.500 m³ de rocha para abrir o espaço em sua volta e de 500 m³ para esvaziar o seu interior.
    O historiador Alberto da Costa e Silva também nos explica que fatores fizeram com que o cristianismo copta sobrevisse na Etiópia.

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terça-feira, 19 de junho de 2012

TANGO - O Segredo Negro da Argentina


A HISTORIA NEGRA DO TANGO - O tango nasceu num bairro de descendentes de escravos africanos na Argentina

por Rucangola Ruca, domingo, 17 de Junho de 2012 às 09:21 ·
Exposição em Buenos Aires revela a "história negra" do tango

ELENA ARSUAGA
Buenos Aires - O tango, de raízes suburbanas, tem também uma "história negra" que se relaciona com os ritmos afroargentinos, um "segredo" que foi resgatado pelo antropólogo Norberto Pablo Círio.

"Apesar de sempre existir esse rumor sobre a presença negra no tango, esse assunto nunca foi bem estudado e compreendido", explica à Agência Efe Círio, promotor da exposição "Historia Negra Del Tango", que acaba de ser inaugurada em Buenos Aires.

O antropólogo decidiu entrar em contato com a comunidade argentina de ascendência africana para saldar essa "dívida histórica e social com um dos grupos fundadores do país".

Sob o lema que "tudo tem sua história negra, mas desta vez estamos orgulhosos", o antropólogo organizou uma mostra composta por mais de uma centena de peças que pretendem provar este pioneiro enfoque sobre uma realidade que havia sido vagamente tratada na academia e sempre a partir de uma perspectiva branca, lembra Círio.
Partituras, discos e fotografias originais de época e em sua maior parte inéditas cedidas para a ocasião formam o percurso feito nas últimas décadas do século 19 e analisa o candombe, "a música e o baile distintivos e emblemáticos desta comunidade", e a música de carnaval, que para Círio desenham o contexto no qual nasceu o tango.

A exposição aprofunda na presença de afroargentinos nos diferentes períodos do tango como gênero, a partir da figura de Rosendo Mendizabal, "um marco indiscutível" nas origens do tango, opina o especialista.

"Joia"A maior "joia" da mostra, instalada no museu Casa Carlos Gardel, é uma partitura original de 1897 de "El Entrerriano", uma das mais importantes composições de Mendizabal, cuja publicação marcou para Círio a origem da "Guardia Vieja" como período estilístico do tango.

A exposição destaca também as figuras do compositor e músico Ruperto Leopoldo Thompson, quem introduziu o chamado estilo "canyengue", e do pianista e compositor Horacio Salgán, cujo tango "A fuego brando" foi "o germe de todo o movimento estético de Astor Piazzolla e sua escola", assegura o antropólogo.

Outro dos compositores destacados na mostra é Enrique Maciel, cuja valsa "La pulpera de Santa Lúcia", de 1929, é de acordo com Círio "o hino, a obra emblemática das valsas crioulas".
"Desde a origem do tango até o presente sempre houve músicos, compositores e dançarinos negros", explica à Efe Horacio Torres, diretor do museu, quem lembra que dois dos seis guitarristas de Gardel eram afroargentinos.

Completam a mostra partituras e discos de compositores brancos como Sebastián Piana e músicos como Alberto Castillo, que tratam a partir de diferentes perspectivas a temática da negritude.

Consulta inédita Círio considera que o inovador desta proposta é que "nunca antes a comunidade afroargentina tinha sido consultada e estudada, não havia sido dada uma oportunidade, espaço para uma palavra, voz e o voto a esta parte da história".

Para ele, "no melhor dos casos que escreveram a favor desta teoria sempre o fizeram com base unicamente em documentos escritos por brancos, o que tornava a abordagem parcial.

"Esta questão foi mal estudada por falta de provas, mas fundamentalmente pela curta visão europeísta, resultante de como pensam os argentinos como nação", em cuja construção da identidade "se enfatizou um projeto branco europeu e cobriu-se com um manto de esquecimento as outras tradições culturais anteriores, como a negra e a aborígine", conclui.

"LA HISTORIA NEGRA DEL TANGO"Onde: Museu Casa Carlos Gardel (Jean Jaurés, 735, Abasto, Buenos Aires, Argentina)

Desenho de casal de negros dançando tango. Publicado no periódico "La Ilustración Argentina", de Buenos Aires, em 1882
Foto feita em Buenos Aires (1920) de um compadrito, figura típica dos cabarés portenhos


O tango nasceu num bairro de descendentes de escravos africanos na Argentina
O tango nasceu num bairro de descendentes de escravos africanos na Argentina
Gabino Ezeiza , um dos representantes do Tango Afro Argentino
Show de 2009 em Buenos Aires realizado pelo grupo argentino de candombe Bakongo
Candombe - Tango Negro
Discografia - Pianista , compositor e pintor , Juan Carlos Caceres depois de uma longa carreira pelo Mundo ,20 albuns , consagra uma parte de seu tempo a pesquisar sobre as origens Negras do Tango .
Discografia - Tango Negro Trio - 2011
Discografia - Tango Negro do musico argentino Athos Bassissi
Discografia - TANGO NEGRO - Best Of Tango Argentino , Candombes , Danza y Movimiento

segunda-feira, 18 de junho de 2012

AFRICA - O povo JARAWAS


http://cnncba.blogspot.com.br/2012/06/os-jarawas-um-povo-preto-em-extincao.html

Habitantes das Ilhas Andamam estão localizados em arquipélagos no Oceano Índico na Baía de Bengala, entre a península indiana ao oeste e a Birmânia no norte e leste. A maioria das ilhas é parte do Andaman e Nicobar na Índia, enquanto um pequeno número ao norte do arquipélago pertence à Birmânia.



Nestes arquipélagos habitam remanescentes dos primeiros grupos humanos que migraram do continente africano há aproximadamente 60.000 mil anos. Alguns destes grupos foram extintos após o contato com invasores ingleses que propiciaram um verdadeiro etnocídio através de assassinatos, doenças infectocontagiosas, mudanças dos hábitos alimentares, introdução dos vícios do tabaco e do alcoolismo e a exploração sexual.

Os primeiros invasores britânicos criaram um assentamento em 1789 e iniciaram o processo destrutivo, como se pode ler no diário do governador britânico à época, onde menciona que recebeu instruções para destruir os nativos por intermédio do álcool e do ópio.

Assim, como muitos outros grupos originais, a maioria dos membros da tribo Bo - grupo étnico primevo - sucumbiu às doenças introduzidas pelos britânicos no século XIX. O desaparecimento de Sr Boa em janeiro de 2010, último remanescente da população, também significa o desaparecimento de uma das línguas mais antigas do mundo. O desejo demoníaco dos antigos britânicos, infelizmente cumpriu-se:
BOA SR, THE LAST MEMBER OF THE BO TRIBE, SINGS


Entre os grupos remanescentes, iremos nos ater a explanação sobre os Jarawa, a principio porque seu estudo é de suma importância do pan-africanismo os estudos dos povos pretos em África, das migrações voluntárias e dos prisioneiros das guerras árabes e cristãs que espalharam os africanos em diversas regiões do planeta, e não podemos esquecer-nos dos judeus e os seus lucros com o tráfico. Sendo fundamental para nós o entendimento da história da humanidade e da compreensão do ódio e propagação da supremacia branca contra os povos originais.

VISITING THE JARAWA TRIBE PT. 2


Os Jarawa vivem nas ilhas ocidentais do Grande e Médio Andaman no Oceano Índico, onde são caçador-coletores, caçam porcos selvagens e lagartos, pescam com arcos e flechas e coletam sementes, frutos e mel. Eles são nômades e vivem em grupos de 40 a 50 pessoas, cujo total da população não ultrapassa o total de 300 pessoas, todos sob tutela do governo indiano, com situação de sobrevivência crítica. Desde os primeiros contatos em 1998 a ameaça da extinção é quase inevitável.


Diversas empresas de turismo organizam safáris humanos (excursões para fotografarem e verem o “exótico”), prática de civilizações brancas com os povos pretos o chamado zoo humano. Inclusive foi criado um resort turístico perto da comunidade expondo a população a pessoas estranhas a sua cultura que trazem influências nefastas, há casos de abusos de jogarem comida e pagarem a policiais para as mulheres jarawas dançarem para eles:

INDIGENOUS PEOPLE ON DISPLAY IN "HUMAN ZOO" IN INDIA


ANDAMAN TRIBES LURED TO DANCE FOR TOURISTS


Na década de 70 do século passado foi construída uma estrada no território Jarawa que trouxe colonos, madeireiros e caçadores. Afetando o ecossistema da floresta e os caçadores ilegais matando os animais usados na alimentação da população.
JARAWA MAN DENOUNCES POACHERS INVADING THEIR LAND


As doenças também estão ameaçando a existência dos Jarawa, foi detectado um surto de sarampo e outras epidemias trazidas por pessoas estranhas ao habitat. O governo da Índia também objetiva levar as poucas crianças para o aprendizado da língua e dos costumes da civilização, que porá fim a milenar cultura e todo o conhecimento adquirido dos ancestrais em milhares de anos.

Outro perigo que ronda a população dos Jarawa são as campanhas de evangelização dos cristãos que como raposas astutas tentam entrar na comunidade Jarawa para disseminar ensinamentos comprovadamente perigosos com palavras de salvação e no fundo contribuirão para mais um etnocídio de um povo original. Não podemos ficar omissos.

As visitações das “pessoas de boas intenções” apesar das “proibições” do governo indiano tem demonstrado um perigo constante à preservação do povo jarawa, sendo crianças os alvos prediletos.

JARAWA TRIBE OF ANDAMAN ISLANDS


A diminuta população dos Jarawa necessita do apoio internacional para ter uma chance da não findar. A historiografia relata diversas civilizações pretas que desapareceram após contatos com o mundo “civilizado branco".


Os métodos de extermínio físico e cultural são vários, desde o morticínio violento praticado por grupos economicamente interessados nas terras habitadas por estes povos (genocídio freqüentemente brindado com a impunidade ou mesmo o patrocínio de governos racistas, autoritários e/ou corruptos) e destruição de seus ecossistemas, até pressões psicológicas coletivas insuportáveis: através da discriminação pública, da imposição de programas “educativos” que anulem os valores próprios destas culturas, da “evangelização” de missões confessionais que impõe modelos religiosos frontalmente opostos à cosmologia e culturas tradicionais destes povos, entre outros.

A imposição de um mundo globalizado para as civilizações nativas esconde interesses econômicos, culturais, religiosos e racistas que devem ser combatidos por todas e todos que respeitam a diversidade humana e o direito a terra e a vida.

Shalom!

ENDANGERED JARAWA - INDIA

MEIO AMBIENTE - TERRA/PLANETA A TODA HORA


http://www.terra.com.br/noticias/ciencia/infograficos/hora-planeta-dicas/