terça-feira, 26 de março de 2013

Dilma participa da cerimônia de posse do novo presidente do TST

Primeiro presidente negro do TST toma posse

Negros recebem atendimento de saúde desigual - Repórter Brasil (noite)

LITERATURA NO BRASIL!!!!

https://www.facebook.com/photo.php?fbid=495031450557428&set=a.180282735365636.45384.178932532167323&type=1&theater

A professora e pesquisadora da UNB, Regina Dalcastagnè, dedicou seus últimos 15 anos a estudar os modelos sociais construídos e validados pela literatura brasileira contemporânea. Qual a porcentagem de mulheres escritoras? Como os negros costumam ser retratados em obras de ficção? Os resultados mostram uma ficção que é ainda menos múltipla que a realidade nacional, com um perfil de autores médios desconfortavelmente menos uniforme que o Brasil.


Vejam os outros dados
http://pontoeletronico.me/2013/02/18/eu-quero-escrever-um-livro-sobre-literatura-brasileira/



POESIA - DA FORMA QUE TU OLHAS

segunda-feira, 25 de março de 2013

LEIAM: FELICIANO



http://cnncba.blogspot.com.br/2013/03/em-defesa-do-pastor-marco-feliciano.html

domingo, 24 de março de 2013

EM DEFESA DO PASTOR MARCO FELICIANO






Por Malachiyah Ben Ysrayl - Historiador e Hebreu-Israelita
Skype: lindoebano
Facebook: Walter Passos



Sei que ao começar a ler o presente artigo, indignou-se com o título (ou não).  Sim, vou explicar porque o Pastor Marco Feliciano acredita que está realizando um confronto espiritual, uma batalha na qual foi ensinado e milhões de pretos e pretas concordam com ele.


Entendo as suas palavras porque cresci ouvindo esse discurso ideológico anti-preto e anti-gay e em muitos anos da minha vida acreditei que fosse verdadeiro, tanto assim, que aos 19 anos de idade fui estudar Teologia no Seminário Presbiteriano do Sul do Brasil, em Campinas-São Paulo, e posteriormente no Seminário Batista do Sul do Brasil, no bairro da Tijuca na cidade do Rio de Janeiro. Fui ordenado pastor da Igreja Presbiteriana Unida do Brasil, o qual me retirei e hoje não sigo mais o cristianismo.

Os meus contatos especialmente com Maria Beatriz Nascimento (Bia) no Grupo André Rebouças da UFF, Lélia Gonzalez e outros militantes no final da década de 70 e início da década de 80 do século passado, transformaram os conceitos introjetados na minha infância e adolescência sobre uma África amaldiçoada, a qual sonhei, diversas vezes, viajar em missões para libertá-la do poder de Satanás.

Agradeço muito a Valdina Pinto por horas de conversas dedicadas a um jovem pastor presbiteriano em crise, de ter uma ascendência paterna e materna nas religiões de matriz africana e necessitava entender o porquê da minha rejeição aos ensinamentos dos meus ancestrais.

A questão de Marco Feliciano é o desconhecimento da origem e desenvolvimento do cristianismo e especialmente do protestantismo de missões que veio para o Brasil e com experiências segregacionistas e manteve a escravidão em muitas regiões, como o caso do luteranismo no sul do Brasil e experiências nefastas de racismo em todas as igrejas protestantes históricas, pentecostais e neopentecostais até os dias atuais. Tanto assim que existe um Movimento Negro Evangélico incipiente que carrega água em cesto de palha e não tem o poder de mobilização para questionar Marcos Feliciano. Milhares de pastores pretos estão calados, envergonhados, acuados pela covardia ou compartilhando com as ideias de Marco Feliciano. Acredito na última hipótese.

São milhões de pretos nas igrejas evangélicas que coadunam com essas ideias de que a África é amaldiçoada. São esses professores evangélicos que se mostram contrários à implementação das leis de de ensino de africanos e indígenas no ensino fundamental e médio..

São milhões de pretas que se auto-renegam e acreditam na maldição hereditária dos seus ancestrais africanos e combatem veementemente as religiões de matriz africana e qualquer manifestação cultural preta.
Interessante notar que Marco Feliciano se utiliza das ofertas de muitos pretos e pretas das suas igrejas para desse dinheiro atacá-los - como amaldiçoados e afins -, sem falar nos milhares de votos deles recebido.

O problema não é Marco Feliciano, mas a omissão e apatia da maioria da população brasileira descendentes de africanos pelas palavras pronunciadas e ainda oram que ela vença as batalhas contra os inimigos. Que ele consiga destruir os terreiros e sepultar os “pais de santo”.

PASTOR MARCO FELICIANO: "- SEPULTEM OS PAIS DE SANTO!"


Marco Feliciano representa o mestiço e preto evangélico que adora um deus europeu e se auto-renega, passa por um processo violento de enfraquecimento, desculpe, branqueamento.

Quantas mulheres pretas evangélicas estão satisfeitos com a aparência? Qual o percentual de mulheres pretas não evangélicas que usam processos químicos de alisamento para que os seus cabelos sejam parecidas com o cabelo das mulheres brancas? Elas podem falar da progressiva de Marco Feliciano?

Marco Feliciano é um equivocado teologicamente, tem interpretações sobre os escritos bíblicos advindas da sua  ignorância exegética e hermenêutica. Seria de bom grado que ele conhecesse a história do povo hebreu e a história das civilizações do Vale do Nilo e da Terra dos Etíopes (Mesopotâmia) designação toponímica da região antes de ser renomeada pelos gregos invasores. Sendo apoiado nas suas declarações infelizes pelo seu inimigo e atual veemente defensor Silas Malafaia.

PASTOR SILAS MALAFAIA COMENTA PROTESTOS CONTRA PASTOR. MARCO FELICIANO


A minha afirmação advém da atitude dele falar mal da África usando escritos de homens pretos e fatos ocorridos e relatados de civilizações pretas. O Pastor Marco Feliciano e Silas Malafaia deveriam ser questionados em público para citarem quais as regiões e civilizações brancas que estiveram presentes nos fatos do Torá (é o nome dado aos cinco primeiros livros do Tanakh (erradamente chamado de Velho Testamento). Assim sendo, entenderiam que a maldição da África e seus habitantes é uma falácia em um período onde a questão epitelial não era determinante e a civilização grega estava iniciando. Não há maldição epitelial neste período histórico , infelizmente o racismo teológico criado pelos europeus e ensinado no Brasil pelo cristianismo ainda é a base de interpretações equivocadas os pastores e pastoras.

Escrevi artigos sobre colonialismo e cristianismo e maldição de Cam no blogger Bayah que podem ser conferidos no link CRISTIANISMO E COLONIALISMO - CONVERSÃO E NEGAÇÃO DA ANCESTRALIDADE

Os defensores (as) de Marco Feliciano, bom ressaltar serem milhões de pretos (as) evangélicos (as), estão anestesiados pelo racismo que deforma a autoestima de suas vítimas. Incrível são os apoios às atitudes dele:

PASTOR MARCO FELICIANO RENUNCIA

O pastor Marco Feliciano é mais uma vítima que se tornou algoz da sua herança africana. Não um simples algoz. Admirado por milhões de evangélicos e não evangélicos como um paladino dos “bons costumes”  e defensor de uma teologia racista e retrograda. Em um país onde o desconhecimento da história da África e especialmente dos hebreus é latente. Marco Feliciano deita e rola porque não é questionado no que ele diz ser conhecedor. Ele agrada os racistas, confirma perante os pretos as mentiras que são descendentes de uma terra amaldiçoada e apesar dos protestos dos movimentos organizados a maioria da população preta não tá nem ai para as suas palavras porque  tem um problema gravíssimo de identidade. 

Olho seriamente para as declarações de Marco Feliciano e fico arrepiado em pensar que quando criança e adolescente pensei igual.  Ele se delicia com os protestos acreditando que está sendo perseguido (nos moldes cristãos) e é um defensor da fé.

Ele representa uma ideologia e é mero repetidor de um mal maior que sonha e clama de joelhos dobrados para que o Brasil se torne um país teocraticamente cristão e mais conservador.



ACESSE PRETAS POESIAS:

7 comentários:

Eu, simplesmente eu disse...
Excelente texto!!! o pior é as pessoas apoiarem aqui na internet, sendo que inúmeras provas mostram em video, audio e texto que o Marcos Feliciano está errado, é homofóbico, racista, contra os direitos das mulheres. é simples, é só este povo alienado pesquisar aqui na internet e sair dessa cegueira e ócio digital das massas.
Anônimo disse...
Excelente texto!!! o pior é as pessoas apoiarem aqui na internet, sendo que inúmeras provas mostram em video, audio e texto que o Marcos Feliciano está errado, é homofóbico, racista, contra os direitos das mulheres. é simples, é só este povo alienado pesquisar aqui na internet e sair dessa cegueira e ócio digital das massas.
Amenhotep disse...
Shalom, Shalom!

Só aqueles que realmente conhecem a verdade bíblica, historicamente falando, serão capazes de entender o equívoco, o racismo e a autorenegação que este "pastor" prega em prol do povo branco.
Amenhotep disse...

PARTOS: VIOLÊNCIA -

http://br.noticias.yahoo.com/na-hora-de-fazer-n%C3%A3o-gritou-145820401.html

Na hora de fazer não gritou



Eu tive meu filho em um esquema conhecido por profissionais da área da saúde como o limbo do parto: um hospital precário, porém maquiado para parecer mais atrativo para a classe média, que atende a muitos convênios baratos, por isso está sempre lotado, não é gratuito, mas o atendimento lembra o pior do SUS, porém sem os profissionais capacitados dos melhores hospitais públicos nem a infraestrutura dos hospitais caros particulares para emergências reais.

Durante o pré-natal, fui atendida por plantonistas sem nome. Também não me lembro do rosto de nenhum deles. O meu nome variava conforme o número escrito no papel de senha da fila de espera: um dia eu era 234, outro 525. Até que, durante um desses “atendimentos” a médica resolveu fazer um descolamento de membrana, através de um exame doloroso de toque, para acelerar meu parto, porque minha barriga “já estava muito grande”. Saí do consultório com muita dor e na mesma noite, em casa, minha bolsa rompeu. Fui para o tal hospital do convênio já em trabalho de parto.

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Quando cheguei, me instalaram em uma cadeira de plástico da recepção e informaram meus acompanhantes que eu deveria procurar outro hospital porque aquele estava lotado. Lembro que fazia muito frio e eu estava molhada e gelada, pois minha bolsa continuava a vazar. Fiquei muito doente por causa disso. Minha mãe ameaçou ligar para o advogado, disse que processaria o hospital e que eu não sairia de lá em estágio tão avançado do trabalho de parto. Meu pai quis bater no homem da recepção. Enquanto isso, minhas contrações aumentavam. Antes de ser finalmente internada, passei por um exame de toque coletivo, feito por um médico e seus estudantes, para verificar minha dilatação. “Já dá para ver o cabelo do bebê, quer ver pai?” mostrava o médico para seus alunos e para o pai do meu filho. Consigo me lembrar de poucas situações em que fiquei tão constrangida na vida. Cerca de uma hora depois, me colocaram em uma sala com várias mulheres. Quando uma gritava, a enfermeira dizia: “pare de gritar, você está incomodando as outras mães, não faça escândalo”. Se eu posso considerar que tive alguma sorte neste momento, foi o de terem me esquecido no fim da sala, pois não me colocaram o soro com ocitocina sintética que acelera o parto e aumenta as contrações, intensificando muito a dor. Hoje eu sei que se tivessem feito, provavelmente eu teria implorado por uma cesariana, como a grande maioria das mulheres.



Não tive direito a acompanhante. O pai do meu filho entrava na sala de vez em quando, mas não podia ficar muito para preservar a privacidade das outras mulheres. A moça que gritava pariu no corredor. Até que uma enfermeira lembrou de mim e me mandou fazer força. Quando eu estava quase dando a luz, ela gritou: “pára!” e me levou para o centro cirúrgico. Lá me deram uma combinação de anestesia peridural com raquidiana, sem me perguntar se eu precisava ou gostaria de ser anestesiada, me deitaram, fizeram uma episotomia (corte na vagina) sem meu consentimento – procedimento desnecessário na grande maioria dos casos, segundo pesquisas da medicina moderna – empurraram a minha barriga e puxaram meu bebê em um parto “normal”. Achei que teria meu filho nos braços, queria ver a carinha dele, mas me mostraram de longe e antes que eu pudesse esticar a mão para tocá-lo, levaram-no para longe de mim. Já no quarto, tentei por três vezes levantar para ir até o berçario e três vezes desmaiei por causa da anestesia. “Descanse um pouco mãezinha” diziam as enfermeiras “Sossega!” Eu não queria descansar, só estaria sossegada com meu filho junto de mim! O fotógrafo do hospital (que eu nem sabia que estava no meu parto) veio nos vender a primeira imagem do bebê, já limpo, vestido e penteado. Foi assim que eu vi pela primeira vez o rostinho dele, que só chegou para mamar cerca de 4 horas depois.

Faz exatamente nove anos que tudo isso aconteceu e hoje é ainda mais doloroso relembrar porque descobri que o que vivi não foi uma fatalidade, ou um pesadelo: eu, como uma a cada quatro mulheres brasileiras, fui vítima de violência obstétrica.

Uma em cada quatro mulheres sofre violência no parto
O conceito internacional de violência obstétrica define qualquer ato ou intervenção direcionado à mulher grávida, parturiente ou puérpera (que deu à luz recentemente), ou ao seu bebê, praticado sem o consentimento explícito e informado da mulher e/ou em desrespeito à sua autonomia, integridade física e mental, aos seus sentimentos, opções e preferências. A pesquisa “Mulheres brasileiras e Gênero nos espaços público e privado”, divulgada em 2010 pela Fundação Perseu Abramo, mostrou que uma em cada quatro mulheres sofre algum tipo de violência durante o parto. As mais comuns, segundo o estudo, são gritos, procedimentos dolorosos sem consentimento ou informação, falta de analgesia e até negligência.

Mas há outros tipos, diretos ou sutis, como explica a obstetriz e ativista pelo parto humanizado Ana Cristina Duarte: “impedir que a mulher seja acompanhada por alguém de sua preferência, tratar uma mulher em trabalho de parto de forma agressiva, não empática, grosseira, zombeteira, ou de qualquer forma que a faça se sentir mal pelo tratamento recebido, tratar a mulher de forma inferior, dando-lhe comandos e nomes infantilizados e diminutivos, submeter a mulher a procedimentos dolorosos desnecessários ou humilhantes, como lavagem intestinal, raspagem de pelos pubianos, posição ginecológica com portas abertas, submeter a mulher a mais de um exame de toque, especialmente por mais de um profissional, dar hormônios para tornar o parto mais rápido, fazer episiotomia sem consentimento”.

“A lista é imensa e muitas nem sabem que podem chamar isso de violência. Se você perguntar se as mulheres já passaram por ao menos uma destas situações, provavelmente chegará a 100% dos partos no Brasil” diz Ana Cristina, que faz parte de um grupo cada vez maior de mulheres que, principalmente através de blogs e redes sociais, têm lutado para denunciar a violência obstétrica tão rotineira e banalizada nos aparelhos de saúde.



“Algumas mulheres até entendem como violência, mas a palavra é mais associada a violência urbana, fisica, sexual” diz a psicóloga Janaína Marques de Aguiar, autora da tese “Violência institucional em maternidades públicas: hostilidade ao invés de acolhimento como uma questão de gênero” que entrevistou puérperas (com até três meses de parto) e profissionais de maternidades públicas de São Paulo. “Quando a gente fala em violência na saúde, isso fica dificil de ser visualizado. Porque há um senso comum de que as mulheres podem ser maltratadas, principalmente em maternidades públicas” acredita. E dá alguns exemplos: “Duas profissionais relataram, uma médica e uma enfermeira, que um colega na hora de fazer um exame de toque em uma paciente, fazia brincadeiras como ‘duvido que você reclame do seu marido’ e ‘Não está gostoso?”

Em março de 2012, um grupo de blogueiras colocou no ar um teste de violência obstétrica, que foi respondido de forma voluntária por duas mil mulheres e confirmou os resultados da pesquisa da Fundação Perseu Abramo. “Apesar de não terem valor científico, os resultados mostraram que 51% das mulheres estava insatisfeita com seu parto e apenas 45% delas disse ter sido esclarecida sobre os todos os procedimentos obstétricos praticados em seus corpos” lembra a jornalista mestre em ciências Ana Carolina Franzon, uma das coordenadoras da pesquisa. “Nós quisemos mostrar para outras mulheres que aquilo que elas tinham como desconforto do parto era, na verdade, a violação de seus direitos. Hoje nós somos protagonistas das nossas vidas e quando chega no momento do parto, perdemos a condição de sujeito” opina Ana Carolina.

Desse teste nasceu o documentário “Violência Obstétrica – A voz das brasileiras” (que você pode assistir no fim da matéria) com depoimentos gravados pelas próprias mulheres sobre os mais variados tipos de humilhação e procedimentos invasivos vividos por elas no momento do parto. Uma das participantes diz que os profissionais fizeram comentários “sobre o cheiro de churrasco da barriga durante a cesárea”.

Mas talvez o relato mais triste seja o da mineira Ana Paula, que após planejar um parto natural, foi ao hospital com uma complicação e, sem qualquer explicação por parte dos profissionais, foi anestesiada, amarrada na cama, mesmo sob protestos, submetida a episiotomia, separada da filha, largada por várias horas em uma sala sem o marido e sem informações. Seu bebê não resistiu e faleceu por causas obscuras. Ana Paula denunciou o falecimento de sua filha ao Ministério da Saúde pedindo uma investigação e em paralelo denunciou a equipe, convênio médico e o hospital que a atenderam ao CRM de Belo Horizonte. Diante do silêncio do Conselho, que abriu uma sindicância em novembro de 2012 e não forneceu mais informações, a advogada de Ana Paula, Gabriella Sallit, entrou com uma ação na justiça.

“O processo da Ana Paula foi o primeiro que trata a violência obstetrica nestes termos. Não é um processo contra erro médico, ou pelo fim de uma conduta médica. É sobre o procedimento, a violência no tratar. É um marco porque é o primeiro no Brasil” explica a advogada. “É uma ação de indenização por dano moral que lida com atos notoriamente reconhecidos como violência obstétrica. Tudo isso tem respaldo na nossa legislação”, diz.

Para prevenir a violência no parto, infelizmente comum, a advogada aconselha que as mulheres escrevam uma carta de intenções com os procedimentos que aceitam e não aceitam durante a internação. “Faça a equipe assinar assim que chegar ao hospital. E antes de sair do hospital, requisite seu prontuário e o do bebê. É um direito que muitas mulheres desconhecem. Isso é mais importante do que a mala da maternidade, fraldas e roupas. Estamos falando de algo que pode te marcar para o resto da vida”.

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domingo, 24 de março de 2013

SENADO - Vídeos sobre orçamento público


Senado lança vídeos explicativos sobre orçamento público. Um jeito simples de conhecer o orçamento público e participar!
Acesse os vídeos: http://www12.senado.gov.br/orcamentofacil


Elza Soares protesta durante show em repúdio a eleição de Feliciano para...

BELO SORRISO!

Danuza Leão é o símbolo vivo de uma elite inculta, egoísta e vil

PAPO RETO

Danusa é o retrato de uma elitezinha minúscula, iletrada, desinformada, egoísta, racista, sonegadora e pervertida.
Eis que a socialite-colunista, que já andou vertendo seu ódio de classe devido à conquista dos aeroportos e viagens internaci...onais pelas classes “inferiores”, agora se revolta com os direitos trabalhistas serem estendidos também às “domésticas”.
"Quem vai empregar uma jovem com dois filhos pequenos, se tiver que pagar pela creche e educação dessas crianças?"
http://www.blogdacidadania.com.br/2013/03/danuza-leao-e-o-simbolo-vivo-de-uma-elite-inculta-egoista-e-vil/
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Há um setor da sociedade que simplesmente não consegue enxergar e aceitar o processo civilizatório em que o Brasil mergulhou após os seguidos desastres administrativos, econômicos e sociais que governos medíocres, vendidos e ladrões lhe impuseram até 2002.
Talvez o mais eloquente símbolo do processo civilizatório em curso no Brasil seja estar se tornando raro famílias de classes média e alta terem “empregadas domésticas” que trabalhem de sol a sol por ninharias que não pagam refeição em um bom restaurante.
Agora, após séculos de verdadeira escravidão a que mulheres e até meninas pobres se submeteram trabalhando nessas condições para famílias de classe social superior, o Congresso criou vergonha e estendeu aos trabalhadores domésticos os direitos de todos os outros.
Um dos muitos avanços sociais para a maioria empobrecida do nosso povo que os governos Lula e Dilma vêm proporcionando está na raiz do ódio que a elite tem deles, pois acabou a moleza de madames como a colunista da Folha de São Paulo Danusa Leão terem escravas.
Eis que a socialite-colunista, que já andou vertendo seu ódio de classe devido à conquista dos aeroportos e viagens internacionais pelas classes “inferiores”, agora se revolta com os direitos trabalhistas serem estendidos também às “domésticas”.
Para tanto, como bem anotou o site Brasil 247, a socialite-colunista se valeu dos “argumentos” que há mais de século os escravocratas brasileiros usaram para manter este país como o único em que persistia a escravidão de negros.
Os escravocratas diziam que se os negros fossem libertados, seriam os principais prejudicados porque não conseguiriam se sustentar sem a “proteção” do senhor de escravos.
Agora, uma centena e tanto de anos depois, a colunista da Folha diz que dar direitos trabalhistas a domésticas seria ruim para elas porque, dessa forma, não conseguirão emprego.
Essa mulher é colunista do dito “maior jornal do país”. Espanta como alguém tão desinformada pode ter espaço em um veículo de projeção nacional para provar por escrito sua ignorância desumana.
Danusa é o retrato de uma elitezinha minúscula, iletrada, desinformada, egoísta, racista, sonegadora e pervertida. Leia a sua diarreia mental na Folha deste domingo. Prossigo a seguir.
—–
FOLHA DE SÃO PAULO
24 de março de 2013
A PEC das empregadas
Danusa Leão
Essa Pec das empregadas precisa ser muito discutida; como foi mal concebida, assim será difícil de ser cumprida, e aí todos vão perder.
A intenção de dar as melhores condições à profissional, faz com que seja quase impossível que o empregador tenha meios de cumprir com as novas leis; afinal, quem vai pagar esse salário é uma pessoa física, não uma empresa.
Vou fazer alguns comentários sobre as condições -diferentes- em que trabalham as domésticas aqui e em países mais civilizados.
Vou falar da França e dos Estados Unidos, que são os que mais conheço. Lá, quem mora em apartamento de dois quartos e sala, é considerada privilegiada, mas nenhum deles tem área de serviço nem quarto de empregada (costuma existir uma área comunitária no prédio com várias máquinas de lavar e secar, em que cada morador paga pelo tempo que usa); uma família que vive num apartamento desses tem -quando tem- uma profissional que vem uma vez por semana, por um par de horas.
É claro que cada um faz sua cama e lava seu prato, e a maioria come na rua; nessas cidades existem dezenas de pequenos restaurantes, e por preços mais do que razoáveis.
Apartamentos grandes, de gente rica, têm quarto de empregada no último andar do prédio (as chamadas “chambres de bonne”, que passaram a ser alugadas aos estudantes), ou no térreo, completamente separados e independentes da família para quem trabalham.
Essas domésticas -fixas e raras- têm salario mensal, e sua carga horária é de 8 horas por dia, distribuídas assim: das 8h às 14h (portanto, 6 horas seguidas) arrumam, fazem o almoço, põem a casa em ordem. Aí param, descansam, estudam, vão ao cinema ou namoram; voltam às 19h, cuidam do jantar rapidinho (lá ninguém descasca batata nem rala cenoura nem faz refogado, porque tudo já é comprado praticamente pronto), e às 21h, trabalho encerrado.
Mas no Brasil, muitos apartamentos de quarto e sala têm quarto de empregada, e se a profissional mora no emprego, fica difícil estipular o que é hora extra, fora o “Maria, me traz um copo de água?”. E a ideia de dar auxílio creche e educação para menores de 5 anos dos empregados, é sonho de uma noite de verão, pois se os patrões mal conseguem arcar com as despesas dos próprios filhos, imagine com os da empregada.
Quem vai empregar uma jovem com dois filhos pequenos, se tiver que pagar pela creche e educação dessas crianças? É desemprego na certa.
Outra coisa esquecida: na maior parte das cidades do Brasil uma empregada encara duas, três horas em mais de uma condução para chegar ao trabalho, e mais duas ou três para voltar para casa, o que faz toda a diferença: o transporte público no país é trágico. Atenção: não estou dando soluções, estou mostrando as dificuldades.
Na França, quando um casal normal, em que os dois trabalham, têm um filho, existem creches do governo (de graça) que faz com que uma babá não seja necessária, mas no Brasil? Ou a mãe larga o emprego para cuidar do filho ou tem que ser uma executiva de salário altíssimo para poder pagar uma creche particular ou uma babá em tempo integral, olha a complicação.
Nenhum país tem os benefícios trabalhistas iguais aos do Brasil, mas isso funciona quando as carteiras das empregadas são assinadas, o que não acontece na maioria dos casos; e além da hora extra, por que não regulamentar também o trabalho por hora, fácil de ser regularizado, pois pago a cada vez que é realizado? Se essa PEC não for muito bem discutida, pode acabar em desemprego.
P.S.: É difícil saber quem saiu pior na foto esta semana: se d. Dilma, dizendo em Roma que a culpa pelas tragédias de Petrópolis se deve às vítimas, que não quiseram sair de suas casas, ou se Cristina Kirchner, pedindo ajuda ao papa no assunto das Malvinas.
—-

No Brasil, com a revolução social da década passada – desencadeada a partir de 2004 – há cada vez menos pessoas dispostas a realizar trabalhos domésticos, sobretudo devido à falta de direitos trabalhistas e aos salários de miséria que gente como Danusa quer pagar para ser servida 24 horas por dia em troca de alguns trocados, um prato de comida e uma cama.
Se a elite que Danusa simboliza não fosse tão desinformada, iletrada, delirante e egoísta, saberia que o IBGE vem detectando que é cada vez menor o número de pessoas dispostas a atuar em tarefas domésticas.
No ano passado, por exemplo, segundo a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, apenas 6,6% dos brasileiros atuaram em serviços domésticos. Foi o resultado mais baixo desde 2003.
Danusa tenta preservar a escravidão no Brasil usando um argumento vazio, como se vivesse na época de seu ídolo Fernando Henrique Cardoso. Ela não sabe que a escassez de trabalhadores domésticos elevou o poder de barganha deles
Os salários dos empregados domésticos crescem sem parar desde 2003 e o nível de formalização (carteira assinada) é hoje o mais alto da história.
Nos últimos 12 meses, o salário médio de uma empregada doméstica aumentou 11,83%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial de inflação do País, também apurado pelo IBGE.
Segundo o coordenador da pesquisa do IBGE, “Por causa da oferta baixa e da demanda crescente o preço das empregadas domésticas chegou num patamar em que muitas famílias estão abrindo mão do serviço todos os dias e optando por ter uma empregada duas vezes por semana, por exemplo, para não configurar um vínculo”.
Segundo o estudo, “A mudança na situação do mercado de trabalho doméstico foi sustentada por dois motivos: aquecimento na criação de postos de trabalho e melhora na educação do trabalhador. Esses fatores fizeram com que os trabalhadores domésticos conseguissem migrar para outros ramos de atividades”.
Mais dados da PME, do IBGE: “Entre 2003 e 2012, o porcentual de trabalhadores analfabetos ou com até oito anos de estudo recuou 15,5%. Já a quantidade de profissionais com 8 a 10 anos de estudo aumentou 27,7%, enquanto a parcela dos profissionais cresceu 139,4% no período”
A quantidade de trabalhadores domésticos, por conta disso, vem caindo, em média, 2,7% ao ano.
O coordenador da pesquisa do IBGE ainda explica que “Com a melhoria da educação e oportunidade de trabalhar em outros nichos, as trabalhadoras estão conseguindo se inserir principalmente nos serviços prestados a empresas, uma parte mais voltada para terceirização”.
Já o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho explica que “Em geral as pessoas não gostam de ser empregadas domesticas. Sempre que possível elas deixam essa profissão”. E as razões disso, a diarreia escrita de Danusa explica.
E o pior do texto dessa senhora é quando tenta fazer uma analogia entre os serviços domésticos no Brasil e nos países ricos.
A pesquisa do IBGE mostra que a mudança na estrutura do emprego doméstico no Brasil o tornará mais europeizado e americanizado. Segundo os pesquisadores do IBGE, “Em países de economia mais madura ter um trabalhador doméstico todos os dias da semana é considerado luxo. Quem trabalha no setor, por sua vez, se especializa e, obviamente, cobra mais”.
Minha filha Gabriela (26) vive há quatro anos em Sydney, na Austrália. Para pagar os estudos trabalhou como babá, ganhando o equivalente a 7 mil reais por mês, viajando ao exterior toda hora, comprando carro e trabalhando apenas seis horas por dia.
Nos países civilizados, empregados domésticos fazem muitas exigências e recusam vários serviços, como recolher roupas íntimas usadas e imundas que socialites deixam no box do banheiro e outras humilhações.
“A tendência é haver pessoas especializadas em serviços domésticos. Não vamos ter analfabeto fazendo esse trabalho, como era no passado. Teremos pessoas com mais escolaridade nessa função com uma remuneração mais elevada”, diz o economista Barbosa Filho.
Danusa, que como toda madame fútil quer se mostrar uma “expert” nas condições sociais e econômicas de países ricos, viaja a eles e não consegue entender o que vê. Assim, escreve as cretinices desinformadoras que escreveu naquele que se diz “maior jornal do Brasil”.
*
PS: a socialite que escreve na Folha deveria ler  a Folha, que mostra que Dilma não saiu “mal na foto” na semana passada coisa nenhuma, bastando ler a pesquisa Datafolha, que o jornal publicou, para entender isso. Mas acho que Danusa se referiu ao seu clube de desocupadas fúteis, iletradas e desinformadas, não ao povo brasileiro.
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ABUSO! Querem sempre para si, não é DANUZA?.


http://www.brasil247.com/pt/247/economia/97038/Na-lógica-de-Danuza-proteção-pune-domésticas.htm

Na lógica de Danuza, proteção pune domésticas

:
Tal qual os senhores de escravos do século XIX, que diziam que os negros não poderiam ser libertados, pois seriam entregues à própria sorte, a colunista Danuza Leão, da Folha, argumenta que a PEC das Domésticas, aprovada pelo Senado Federal, na verdade pune tais profissionais, uma vez que, com maiores direitos trabalhistas, como FGTS e adicional noturno, elas serão dispensadas pelas patroas

24 de Março de 2013 às 11:52

ETNIA AFRICANA




sábado, 23 de março de 2013

ELZA SOARES QUESTIONA FELICIANO


http://br.noticias.yahoo.com/blogs/blog-ultrapop/deixa-elza-soares-gingar-feliciano-224737961.html

Deixa a Elza Soares gingar, Feliciano

Não é todo dia que a história nos reserva acontecimentos deste porte. Elza Soares vinha fazendo um show emocionado no Sesc Pinheiros, na noite de quinta-feira (20 de março). Elevou a emoção em mais um grau ao cantar, rappeando, uma versão bem Elza para “Não É Sério” (2000), rock do Charlie Brown Jr., em homenagem a Chorão. Vinha ela de “o jovem no Brasil nunca é levado a sério”quando, de repente, a música virou do avesso e se transformou em algo que nem Chorão poderia supor se aqui ainda estivesse: um protesto contra o pastor evangélico e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), alçado por jogos de poder que não compreendemos à posição de presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal.
“Eu me sinto maltratada. Me sinto um pouco renegada. Cadê os direitos humanos? Somos negros. Somos gays”, Elza começou, referindo-se diretamente às renitentes manifestações de cunho racista e homofóbico por parte de Feliciano, seja como pastor deputado, até mesmo no impensável cargo no qual ele deveria defender – e não atacar – direitos humanos os mais variados.
De imediato, a plateia se levantou e passou a ovacionar Elza. “Fora, racista!”, ela comandou. “Fora!”, correspondeu a plateia. “Fora!, fora!, fora!”, repetiu a cantora, rappeando, como se o rock branco de Chorão fosse o samba-rap preto de Elza Soares. Como tem acontecido em ruas de diversas brasileiras desde que Feliciano sentou no trono inadequado, os espectadores presentes deliraram em protesto contra sua permanência. E Elza esmerilhou o assunto: “Será que ele sabe que a voz que ganhou a voz do milênio pela BBC de Londres é de uma negra, chamada Elza Soares? Sou eu. Será que ele não sabe que quem trouxe a Copa do Mundo para este país foram Pelé e Garrincha, negros?”.
O que negra Elza protagonizava era um desses raros momentos em que arte e política se tornam uma coisa só, e enriquecem um ao outro, bem longe de chatear a diversão como muito gosta de afirmar e repetir um desgastado clichê da crítica cultural comercial. O público demonstrou se divertir à beça com o protesto, e vice-versa.
Era só a quarta música do show Deixa a Nega Gingar, mas, se é caso de mirar a apresentação em perspectiva, antes e depois daquele momento mais exaltado, só uma conclusão é possível: Elza Soares é 100% política, direitos humanos e arte – sobretudo arte.
Já tornada histórica em sua voz, a canção imediatamente anterior à que (des)uniu Chorão e Feliciano foi “A Carne” (1998), parceria de Seu Jorge (na época à frente do grupo pop-reggae-soul-funk-etc. Farofa Carioca) e Marcelo Yuka (então cérebro do rap-reggae-rock consciente da banda O Rappa). Adaptado ao gogó de Elza, o refrão vira o forte e reto “a carne mais barata do mercado é a MINHA carne negra”. “Elza Soares é negra”, “a minha mãe é negra”, “a minha carne é negra”, ela acrescenta à canção, estimulando público apaixonado a repetir “negra”, “negra”, “negra”...
Antes ainda, ela já beliscara o racismo ancestral embutido em “Nega do Cabelo Duro” (1940), marchinha carnavalesca nada inofensiva coescrita pelo também jornalista poderoso David Nasser. Na versão de Elza, a mistura ganha versos tipo funk carioca como “eu sou negrinha/ eu sou gostosa/ o meu cabelo tá na moda”. Os cabelos alisados de Feliciano, neste outro contexto, ganham ares de tragédia, autopreconceito e automutilação. Aqui Elza, cabeluda encaracolada que só, é o anti(in)Feliciano. “Quando a gente é feliz, a gente não maltrata ninguém”, acrescentou mais adiante, autoelogiando a alegria que transmite mesmo presa à cadeira, com os movimentos (mas nunca a voz) limitados por uma cirurgia na coluna. “Respeitem uma mulher operada, gente”, ela brincou, ciente do trocadilho caro a travestis, transexuais e transgêneros.
Elza Soares lança álbuns de música desde 1960 – há inacreditáveis 53 anos. Enquanto o racismo estrutural desta sociedade operava para enquadrá-la na condição (supostamente) desvantajosa de mulher negra, o mercado musical fazia o mesmo com o(s) estilo(s) de sua voz: muito se tentou aprisioná-la unicamente sob o rótulo de sambista. Por vezes ela teve de obedecer, mas já faz tempo que isso não acontece – mais ou menos o mesmo intervalo desde o início do desmoronamento da indústria fonográfica como a conhecíamos. Democratizando-se o Brasil, Elza se pôs doidamente a se democratizar.
Deixa a Nega Gingar é a cristalização dos ventos de liberdade que Elza há tempos vem soprando sobre nós. Imobilidade física à parte, ela está livre para falar dos assuntos que quiser – música, música, música, racismo, racismo, racismo, machismo, homofobia, racismo, racismo etc. A liberdade, digamos, ideológica se reflete diretamente na liberdade musical. Elza adota um formato que já testara em 2004, no disco de samba eletrônico Vivo Feliz. A ideia ressurge aperfeiçoada e impactada por uma banda sensacional que inclui um músico negro no contrabaixo acústico (pode lhe parecer banal, mas quantas vezes você já viu um instrumentista negro empunhando esse pomposo instrumento?), um tecladista branco que a certa altura intromete deliciosa sanfona na receita e o sensacional DJ Muralha, que desmente o clichê de que DJs de música eletrônica não são músicos e se torna um dos focos luminosos do show, à custa de picapes e iPad.
Acalentado em eletrônica, o show de Elza transcende o samba e faz lembrar, em momentos distintos, atos como Pink Floyd, Prodigy, Radiohead. E termina num impressionante tecnocandomblé enriquecido por três ritmistas (negros), sob os sons de “Madalena do Jucu” (1989), de Martinho da Vila, “O Que É o Que É” (1982), de Gonzaguinha, e o samba-enredo de avenida “É Hoje” (1982). A eletrônica é usada a serviço da brasilidade, e isso é tão novo e quente quanto o entusiasmo irrefreável de Elza negra.
Todos no palco, exceto a dona do palco, são muito ou relativamente jovens. O contraste se acentua nas várias canções em que Elza chama a paraense Gaby Amarantos para secundá-la “Você é minha barra de chocolate, dá vontade de comer Elza Soares”, diz Gaby, antes de ambas cantarem juntas uma versão desacelerada de “Ex-Mail Love”. Um traço próprio da inventora do samba-jazz, de estar sempre ligada a cada momento musical que atravessamos, faz com que Elza reverencie a deusa profana pop-brega-MPB-indígena-etc.
Talvez Gaby seja a Elza de amanhã, e a experientíssima artista é generosa e inteligente emenxergar e sublinhar isso hoje, agora, sem demoras nem delongas. De certo modo, o tecnobrega da discípula é o que a matronaa sempre quis fazer – e faz – em sua cybergafieira, arrombando barreiras de gêneros (musicais, sexuais, raciais), preconceitos, intolerâncias, ignorâncias. Por tudo isso, Elza é o anti-Marco Feliciano, além de ser (e é bem bom que se diga isto quando ela está BEM viva) uma das maiores artistas (ainda muito vivas) da história da música brasileira.

quinta-feira, 21 de março de 2013

CDH E BOLSONARO E SUAS PROVOCAÇÕES




http://www.youtube.com/watch?v=YueIIZf24FQ

FELICIANO E CDH

                                 

Audiência pública da Comissão de Direitos Humanos - 20/03/2013 

 

 http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=oj4YC_n-0ss

CDH E FELICIANO - 20.03.2013



http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=nVZwWJrzXhI


CDH E BOLSONARO




http://www.youtube.com/watch?v=N5loKcpZDIo

21 DE MARÇO


http://www.geledes.org.br/racismo-preconceito/17667-hoje-na-historia-21-de-marco-e-o-dia-internacional-da-eliminacao-da-discriminacao-racial

Racismo & Preconceito

Hoje na História, 21 de março é o Dia Internacional da Eliminação da Discriminação Racial

shaperville

Shaperville e o invisível sistema de apartheid brasileiro

 
» GABRIEL MARQUES
Pesquisador das relações raciais, membro da ALARA (Afro Latin América Research Association) e ANAI ( Associação Nacional Apoio ao Índio), escritor e membro da Comunidade Bahá'í do Brasil
A luta contra o racismo e a discriminação racial têm demandado esforços mundiais ao longo de quase dois séculos, mas sua completa eliminação parece ainda estar longe de ser concretizada. De todos os países do continente americano, o Brasil — grande beneficiário de mão de obra africana — foi o último país a abolir formalmente a escravidão (1888). Os efeitos são ainda visíveis na sociedade brasileira.

A data, além de qualquer celebração, marca, sobretudo, o momento para sérias reflexões acerca da realidade na sociedade brasileira e das mudanças necessárias e urgentes. A prática do racismo, um sistema de apartheid invisível e tão entranhado na vida social e econômica brasileira, continua ultrajando a dignidade de milhões de cidadãos.
Vinte e um de março foi declarado pelas Nações Unidas, em 21 de novembro de 1969, como Dia Internacional da Luta pela Eliminação da Discriminação Racial, em memória ao massacre de Shaperville, uma das vizinhanças de Joanesburgo, África do Sul. Ali, em 1960, um grupo de 20 mil negros se reuniu e caminhou pacificamente para protestar contra a Lei do Passe, que obrigava negros da África do Sul a portarem uma caderneta, uma espécie de passaporte, que indicava onde podiam ir ou não dentro de sua própria cidade e região. Até mesmo o uso de banheiros era segregado.
Com uma força policial totalmente branca e opressora, os participantes da marcha foram recebidos com rajadas de metralhadoras que mataram 69 pessoas indefesas — mulheres, homens e crianças — e deixaram centenas de feridos. A notícia chegou finalmente à opinião pública mundial, que passou a dar atenção à questão do sistema de apartheid (separação). Internamente, entretanto, o governo sul-africano intensificou o seu sistema opressivo, levando várias das lideranças negras à prisão. Entre elas, Nelson Mandela, ativista e advogado negro, preso em 1963 e condenado à prisão perpétua, mas libertado em 1989, devido à continuada pressão internacional.
No Brasil, os esforços de Zumbi dos Palmares e de toda uma legião de ativistas negros, a exemplo de Luiza Mahin, Luiz da Gama, Abdias Nascimento, Benedita da Silva e outros, não bastaram para findar o quadro brasileiro de racismo velado. A influência superlativa, entretanto, das ONGs e de centenas de militantes negros durante o processo da Conferência Mundial das Nações Unidas contra o Racismo, discriminação racial, xenofobia etc., realizada em Durban, 2001, pressionou o Estado brasileiro para que viesse a assumir algumas ações concretas na direção da igualdade racial e da redução da exclusão. Deliberações posteriores, como a criação de uma Secretaria da Igualdade Racial, implantação da Lei 10.639/2003 sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas públicas; a Lei 12.288/2010 que instituiu o Estatuto da Igualdade Racial destinado a garantir à população negra a efetivação da igualdade de oportunidades; o endurecimento da legislação anti-racista no Código Penal e outras são avanços consideráveis para uma única década (2000-2010).
Apesar de recentes avanços da chamada “década inclusiva”, o sistema econômico continua a reservar para os brasileiros de tonalidade de pele mais escura as funções de mais baixa remuneração . E o Brasil continua a figurar entre os 12 países mais desiguais, numa clara evidência de que “o racismo é um dos males mais funestos e persistentes”, conforme declaração da Comunidade Internacional Bahá’í junto às Nações Unidas.
De acordo com dados produzidos pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a proporção de pobres no país entre os anos 2006 era de 21,5% para brancos; e 46,7%, negros. A indigência era de 4,5% para brancos; e 11,8%, negros, evidenciando as distorções baseadas na cor da pele ainda vigentes no país. A luta pela eliminação da discriminação racial continua. Shaperville figura na história tanto como marco quanto cicatriz. O Brasil precisa continuar avançando na luta para estabelecer a Justiça e a equidade racial e, assim, fazer valer o bordão: Brasil, um país de todos.

FELICIANO NO STF

http://www.geledes.org.br/areas-de-atuacao/direitos-humanos/260-noticias-direitos-humanos/17672-lewandowski-intima-feliciano-a-depor-sobre-acusacao-de-estelionato

Lewandowski intima Feliciano a depor sobre acusação de estelionato
Deputado é acusado de receber R$ 13.362,83 sem comparecer a evento para o qual foi contratado
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O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), publicou na noite desta quarta-feira intimação para que o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) compareça a interrogatório no dia 5 de abril. O deputado é réu em uma ação penal na qual é acusado de estelionato.
A denúncia contra Feliciano foi feita pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, em 2009, antes de ele tomar posse como deputado federal. O processo foi remetido ao STF em razão do foro privilegiado. Na ação, o deputado é acusado de obter para si a vantagem ilícita de R$ 13.362,83 simulando um contrato “para induzir a vítima a depositar a quantia supramencionada na conta bancária fornecida”. 
A defesa do deputado nega a acusação. Segundo o advogado Rafael Novaes, Feliciano foi contratado para fazer uma série de palestras e não pôde comparecer em razão de outros compromissos. Ele teria recebido o dinheiro, mas tentado devolver. Ainda segundo o defensor, os organizadores se recusaram a receber e entraram com a ação na Justiça.
Polêmicas

Mais cedo, Gurgel afirmou que Feliciano não seria um nome adequado para presidir uma comissão como a de Direitos Humanos. “Não há nenhuma dúvida de que não é uma indicação adequada. É uma pessoa que, por sua história de vida, sua trajetória, não está minimamente indicado para presidir uma comissão importantíssima como é a Comissão de Direitos Humanos”, disse.
Manifestação contrária também veio do presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Wadih Damos. Ele afirmou que considera “um acinte à população brasileira” a permanência do deputado Marco Feliciano à frente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara. “Está mais do que demonstrada a justa rejeição que sofre por parte de todas as entidades e de todos aqueles que têm um mínimo respeito pelos direitos humanos em nosso País”, afirmou Damos.
Nesta tarde, o líder do PSC na Câmara, deputado André Moura (SE), pediu ao deputado Marco Feliciano reavalie a sua permanência à frente do colegiado. Embora tenha dito que não pediu ao pastor para que renunciasse, Moura afirmou que o partido está preocupado, porque as manifestações, tanto contrárias quanto de apoio ao deputado Feliciano, estão impedindo os trabalhos da comissão. 

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Manifestantes protestam na Câmara
Foto: José Cruz / Agência Brasil

Hoje, a reunião da Comissão de Direitos Humanos teve de ser encerrada antecipadamente por conta de protestos promovidos por ativistas de movimentos sociais dentro do plenário do colegiado. Pressionado a renunciar, Feliciano deixou o encontro cerca de oito minutos após abrir uma audiência pública que iria discutir os direitos de portadores de transtorno mental.
Fonte: Terra

quarta-feira, 20 de março de 2013

MARCO FELICIANO "POR UM FIO"



http://juntos.org.br/2013/03/marco-feliciano-por-um-fio/


/03/2013 • 20h42min

Marco Feliciano “por um fio”



Rodolfo Mohr*
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Após mais uma intensa jornada de mobilizações pela saída de Marco Feliciano da Presidência da Comissão de Direitos Humanos, quase atingimos nosso objetivo. Está em curso uma grande queda de braço entre o movimentos sociais e o líder do obscurantismo no Congresso Federal. Hoje tivemos uma tarde eletrizante, frente a frente, Feliciano e ativistas, na sessão da Comissão de Direitos Humanos (CDH). Feliciano aguentou somente 8 minutos. E teve como “guarda-costas” Jair Bolsonaro, Deputado da extrema-direita tupiniquim.
Acabou o resto de legitimidade que Feliciano imaginava ter. Ele anunciou na revista Veja desta semana. Sua cruzada é derrotar a PL 122, que criminaliza a homofobia. Escolheu a dedo a CDH. Assim como correligionários seus estão disputando as comissões de Direitos Humanos nas Assembleias Legislativas e Câmaras de Vereadores. A pressão que realizamos hoje, desde a criação da Frente Parlamentar dos Direitos Humanos pela manhã, até a sessão da CDH, passando pela mobilização que percorreu os vários prédios da Câmara dos Deputados, levou Feliciano à lona.
Há uma objetiva pressão que parte da Presidência da Câmara para a saída de Feliciano. Henrique Eduardo Alves pediu ao líder do PSC que convença Feliciano a renunciar. Garotinho, também evangélico, recomendou que “não estique a corda até arrebentar”, sugerindo que não devia mesmo ter assumido à Comissão.
O pastor do racismo, do machismo e da homofobia está literalmente por um fio. Alguns jornalistas chegaram a “queimar a largada” do furo de reportagem. Alguns, já sabendo dos bastidores do Congresso, deram como certa a queda de Feliciano. Já há quase um consenso na imprensa brasileira, ainda mais depois do publicado pelo jornal O Globo de hoje. Feliciano disparou: “os direitos das mulheres atingem a família”, complementou dizendo que “reivindicações feministas estimulam o homossexualismo”, segundo repercutiu o jornal. A sociedade brasileira demonstra não suportar alguém desse tipo num posto como esse.
Esse “dia do fico” de Feliciano foi o dia que sentimos um pouco do gosto da vitória. E a manutenção de Feliciano nos exige um pouco de mais de empenho, para nos deliciarmos com a sua derrota.
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Registre-se algo fundamental: no meio de tanta selvageria nesse Congresso Federal, temos Jean Wyllys. Deputado humano, sensível, comprometido, engajado e combativo. “Nos representa” segundo as palavras dos manifestantes. Talvez seja para não dar a vitória a Jean, que Feliciano resista tanto. Jean e muitos de nós que estivemos mobilizados aqui em Brasília, dissemos na cara de Feliciano o que milhões de brasileiros tem dito nas passeatas e nas redes sociais.
Feliciano está quase “nocauteado”, mas não aceita a derrota. É um adversário difícil e perigoso. Ardiloso. Vamos manter a pressão. Nas redes e nas ruas. Hoje tivemos um enorme avanço, acumulamos força, que precisa ser consolidada definitivamente com a queda de Feliciano, nas próximas horas ou próximos dias. A gente não desiste. A gente não se cansa.
Como cantamos nos atos do Fora Feliciano, que contra o machismo, o racismo e a homofobia, a nossa luta é todo dia. Até a vitória!
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*Rodolfo Mohr é Diretor de Movimentos Sociais da UNE pela Oposição de Esquerda e do Juntos!