terça-feira, 31 de março de 2015

A sempre bela Lupita Nyong`o

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Lupita Nyong’o Covers Dujour Magazine #TWA #Big Chop

Menino negro é expulso da frente de loja na Oscar Freire, em SP


http://www.revistaforum.com.br/blog/2015/03/menino-negro-e-expulso-da-frente-de-loja-na-oscar-freire-em-sp/

Menino negro é expulso da frente de loja na Oscar Freire, em SP



março 31, 2015 10:41       


“Ele não pode vender coisas aqui”, disse a funcionária do estabelecimento ao pai do garoto de 8 anos; caso viralizou nas redes e gerou revolta
Por Redação* 
Um relato de racismo ganhou as redes desde que foi postado no Facebook, no último sábado (28). O episódio aconteceu na Rua Oscar Freire – famosa por abrigar diversas marcas de luxo –, em São Paulo.
Junto a seu filho, um menino negro de 8 anos, Jonathan Duran telefonava para sua companheira, que fazia compras em uma loja de sapatos. Estavam parados em frente a outro estabelecimento, da grife Animale, quando uma das vendedoras os expulsou do local e, irritada, disse que o garoto “não poderia vender coisas ali”. O pai, perplexo, respondeu que era seu filho, antes de ir embora.
“Em certos lugares em São Paulo, a pele do seu filho não pode ter a cor errada”, escreveu Duran no post. Até o momento do fechamento desta nota, a publicação já havia sido compartilhada mais de 1.400 vezes.
Em outro texto, posterior à repercussão do primeiro, Duran faz reflexões sobre o fato. “Não importa quantas vezes você lê sobre esses casos de racismo, nada te prepara para o choque quando acontece com seu filho”, disse. “Provavelmente vão dizer que foi um ‘mal-entendido’ (mesmo quando as crianças negras têm o azar dos mal-entendidos sempre acontecerem com elas). No entanto, minha preocupação é quando o ‘mal-entendido’ não é mais com uma vendedora de uma loja, mas com um policial armado”.
Ele também contestou o papel da imprensa tradicional em relação aos episódios de racismo que ganham notoriedade: destacou que “costumam ser de famílias de classe média-alta/classe alta, e/ou onde pelo menos um dos pais é estrangeiro”. “E todos os outros casos que acontecem todos os dias?”, indagou. Ao final, levantou mais uma questão: “Parece piada de mau gosto acontecer justamente numa loja da Oscar Freire. Será que essa rua é o marco zero do apartheid racial em São Paulo?”.
Em nota, a Animale comunicou que repudia qualquer ato de discriminação e está apurando o caso internamente.





My son and I just got kicked out from in front of this store while I was making a phone call because in certain parts of São Paulo, your son can't have the wrong skin color.
O meu filho e eu fomos expulsos da frente desta loja enquanto eu fazia uma ligação porque, em certos lugares em São Paulo, a pele do seu filho não pode ter a cor errada.


*Com informações do Correio Braziliense

sábado, 21 de março de 2015

21 de Março - Mensagem de Hélio Santos


http://www.geledes.org.br/mensagem-de-helio-santos-para-o-21-de-marco/#axzz3V2Mbcfc1

Mensagem de Hélio Santos para o 21 de Março

Publicado há 1 minuto - em 21 de março de 2015 » Atualizado às 15:25
Categoria » Afro-brasileiros e suas lutas
depoimento - helio santos
Neste 21 de março de 2015, quando se comemora o Dia Internacional pela Eliminação da Discriminação Racial, a SEPPIR faz 12 anos de existência. Com o objetivo de refletir sobre a data, convidamos representantes da sociedade civil e parceiros para dar seu depoimento.
Do Seppir 
Hélio Santos
Presidente do Conselho do Fundo Baobá para a Equidade Racial
Shaperville é aqui
A presença de um órgão do governo central com status de ministério, como a SEPPIR, foi e continua sendo fundamental para a consolidação da cidadania da população negra e, consequentemente, para a efetivação da democracia no Brasil. Vejo a SEPPIR como uma instância decisiva para o verdadeiro desenvolvimento do país. Portanto, nesses 12 anos de vida, seria importante realçar a SEPPIR nessa perspectiva: a de um instrumento que potencializa a possibilidade de um desenvolvimento com sustentabilidade moral. O que ainda não temos aqui no Brasil.
O Dia 21 de março, data internacional celebrada pela ONU, reporta-se ao “Massacre de Shaperville”, denominação dada ao morticínio de 69 negros pelas forças da repressão do apartheid da África do Sul, no já distante ano de 1960. Trata-se de uma data que procura valorizar a vida – bem que antecede a qualquer outra coisa. Aqui no Brasil, em 2012, cerca de 30 mil jovens foram mortos por homicídio. Destes, 76,5% eram negros, aproximadamente 23 mil, o que dá uma média diária de 63 vidas ceifadas absurdamente. Hoje, em 2015, essa média não caiu. Todos os prognósticos apontam para um crescimento. Isso equivale a dizer: temos aqui todos os dias, praticamente, um “Massacre de Shaperville”!
Na comemoração dos 12 anos da SEPPIR eu preferiria comentar sobre políticas públicas inovadoras – como as voltadas para a comunicação e geração de renda. Poderia também falar da consolidação do que já foi arduamente conquistado até aqui. Todavia, a persistirem os atuais níveis de violência, penso no impacto que já se faz sentir nas curvas demográficas que medem a população negra. São vidas de homens ainda jovens que não procriaram e que são ceifadas sem parar.
Portanto, me inspiro em Shaperville para que pensemos – Movimento Negro e SEPPIR – numa ação que reduza a níveis civilizados essa mortandade inaceitável. Exige-se aqui uma política de Estado de cunho multidisciplinar e sistêmico; o que requer diversas ações que têm uma capilaridade complexa, com fôlego suficiente para efetivar o fim dessa doença que arruína o futuro. Além de diversos ministérios que atuarão em conjunto para o sucesso dessa estratégia, será imprescindível a participação dos estados, Ministério Público, meios de comunicação e da sociedade. Enfim, há que se armar uma verdadeira guerra pela paz. Uma paz que dê conta de pôr fim à morte banal do jovem negro brasileiro. É intolerável a manutenção desse quadro.
21/3/2015Geledés Instituto da Mulher Negra

21 de Março - Dia Internacional contra a Discriminação Racial

http://www.geledes.org.br/21-de-marco-dia-internacional-contra-a-discriminacao-racial/#axzz3V1Fh8uo4

21 de Março – Dia Internacional contra a Discriminação Racial

Publicado há 13 horas - em 21 de março de 2015 » Atualizado às 11:30
Categoria » Esquecer? Jamais
negros 21 de marco
No dia 21 de março de 1960, na cidade de Joanesburgo, capital da África do Sul, 20 mil negros protestavam contra a lei do passe, que os obrigava a portar cartões de identificação, especificando os locais por onde eles podiam circular.
No bairro de Shaperville, os manifestantes se depararam com tropas do exército. Mesmo sendo uma manifestação pacífica, o exército atirou sobre a multidão, matando 69 pessoas e ferindo outras 186. Esta ação ficou conhecida como o Massacre de Shaperville. Em memória à tragédia, a ONU – Organização das Nações Unidas – instituiu 21 de março como o Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.
O Artigo I da Declaração das Nações Unidas sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação Racial diz o seguinte:
“Discriminação Racial significa qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada na raça, cor, ascendência, origem étnica ou nacional com a finalidade ou o efeito de impedir ou dificultar o reconhecimento e exercício, em bases de igualdade, aos direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou qualquer outra área da vida pública”
O racismo se apresenta, de forma velada ou não, contra judeus, árabes, mas sobretudo negros. No Brasil, onde os negros representam quase a metade da população, chegando a 80 milhões de pessoas, o racismo ainda é um tema delicado.
Para Paulo Romeu Ramos, do Grupo Afro-Sul, as novas gerações já têm uma visão mais aberta em relação ao tema. “As pessoas mudaram, o que falta mudar são as tradições e as ações governamentais”, afirma Paulo. O Grupo Afro-Sul é uma ONG de Porto Alegre, que promove a cultura negra em todos os seus aspectos.
Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD – em seu relatório anual, “para conseguir romper o preconceito racial, o movimento negro brasileiro precisa criar alianças e falar para todo o país, inclusive para os brancos. Essa é a única maneira de mudar uma mentalidade forjada durante quase cinco séculos de discriminação”.
Aproveite esta data para refletir: você tem ou já teve atitudes racistas?

MONUMENTO DA RENASCENÇA AFRICANA

https://www.facebook.com/957rnbnation/photos/a.164802263212.120348.156199253212/10152690372823213/?type=1&theater




I bet you've never seen this statue before. Neither had I until today. It's "The African Renaissance Monument" in Senegal. Bronze, 60 foot tall statue overlooking the Atlantic Ocean designed by a Senegalese architect. One word......AWESOME!
Aposto que você nunca viu esta estátua antes. Nem eu tinha até hoje. É "O monumento da Renascença africana" no Senegal. Estátua de bronze, 60 pés de altura com vista para o Oceano Atlântico, projetado por um arquiteto Senegal. Uma palavra...INCRÍVEL!

E a Lei 10.639/2003???? Professores evangélicos impedem ensino da história e cultura africana nas escolas, diz especialista


http://www.geledes.org.br/professores-evangelicos-impedem-ensino-da-historia-e-cultura-africana-nas-escolas-diz-especialista/#axzz3V2Mbcfc1

Professores evangélicos impedem ensino da história e cultura africana nas escolas, diz especialista

Publicado há 4 meses - em 22 de novembro de 2014 » Atualizado às 9:17
Categoria » Educação
cultura_africana
Uma lei que torna obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas escolas estaria sendo descumprida devido à atuação de professores evangélicos, que estariam sendo um “entrave” no assunto. A afirmação é da professora Ana Célia da Silva, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).
do GNotícias
A lei 10.639, publicada em janeiro de 2003, prevê que os alunos aprendam sobre os ancestrais africanos e sua cultura e história. Numa entrevista ao portal EBC, Ana Célia diz que a religião e a falta de formação dos professores são os principais pontos que dificultam a colocação da lei em prática.
“O desafio maior hoje é a atuação das igrejas evangélicas através dos professores evangélicos que, em sua grande maioria, demonizam tudo em relação à história e cultura afro-brasileira. Porque a história e cultura afro-brasileira parte da religiosidade, da cultura, e eles acham que tudo é demônio”, queixou-se a professora.
Ana Célia diz que “uma pesquisa feita por uma aluna de Salvador mostrou que os professores recebem os livros do MEC e escondem da diretora para não levar para a sala quando tem uso do ‘demônio’, como eles chamam”.
A professora, que se dedica ao estudo da representação do negro nos livros didáticos, diz que houve avanços desde que a lei foi publicada, mas ainda há dificuldades. “O grande entrave à lei hoje são, primeiro, os professores evangélicos; Segundo, a formação, por [causa da] falta de continuidade nos cursos de formação dos professores”.
De acordo com Ana Célia, o texto da lei tem um ponto falho, pois não prevê a exigência do ensino de história e cultura afro-brasileira nas universidades, o que resultaria na formação de novos professores com conhecimento sobre o tema.
“O grande defeito da lei é não abranger os cursos de formação. Isso foi intencional. Eles vetaram o artigo que tornava obrigatório que todo professor de licenciatura passasse por essa formação”, reclamou Ana Célia.
Recentemente a UFBA e outras universidades estaduais e federais acrescentaram disciplinas sobre cultura e história africana ao currículo de seus cursos.

Leia a matéria :  II Seminário Nacional Educadores Evangélicos e a Aplicação da Lei 10.639/03

Leia a matéria :  África e cultura negra aparecem com restrições nos livros didáticos

24/11/2014Geledés Instituto da Mulher Negra

O país onde os negros tem cabelos naturalmente loiros


http://www.geledes.org.br/o-pais-onde-os-negros-tem-cabelos-naturalmente-loiros/#axzz3V2Mbcfc1

O país onde os negros tem cabelos naturalmente loiros

Publicado há 2 anos - em 19 de janeiro de 2013 » Atualizado às 23:08
Categoria » África e sua diáspora · Lei 10639/03 e outras
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Ilhas de Salomão, país localizado no Oceano Pacífico, cerca de 10% da população nativa de pele negra, tem os cabelos naturalmente loiros. Alguns acreditam que a cor seria resultado de muita exposição ao sol, ou de uma dieta rica em peixe. Outra explicação seria a herança genética de ancestrais distantes (mercadores europeus que passam pelos arquipélagos).
Todas as hipóteses foram descartadas quando os pesquisadores identificaram um gene responsável pela variação da cor do cabelo, denominada TYRP1, conhecido por influenciar a pigmentação nos humanos. Sua variante encontrada nos cabelos loiros dos habitantes das Ilhas de Salomão, não é encontrada no genoma dos europeus.
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Fonte: DM
17/9/2014Geledés Instituto da Mulher Negra

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Aristocrata Clube: Uma resposta contra o Racismo em clubes Tradicionais da época


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Aristocrata Clube: Uma resposta contra o Racismo em clubes Tradicionais da Época

Publicado há 24 horas - em 20 de março de 2015 » Atualizado às 11:41
Categoria » Afro-brasileiros e suas lutas
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O clube Aristocrata desfrutou dos “anos de ouro” na década de 60 e 70, por lá passaram grandes nomes do Show Business nacional e internacional como Michel Jackson, ainda criança, quando veio pela primeira vez ao Brasil numa apresentação dos Jackson Five.

por Thais Siqueira Do Dolado de ca
Por Maurício Pestana
O início dos anos de 1960 foi marcado por várias movimentações sociais e políticas no Brasil. Os tais cinquenta anos em cinco, progresso em curtíssimo prazo do mineiro JK (JuscelinoKubistchek), inspiraria uma geração de jovens, muitos dos quais, o golpe de 1964, não interromperiam seus projetos e suas obstinação. Neste ambiente, nascia no centro da cidade de São Paulo o Aristocrata clube, fundado por um grupo de negros.
Com sede de campo nas mediações da represa Guarapiranga, o clube foi um uma resposta num período em que, a presença de negros em clubes tradicionais como Homs, Pinheiros, Paulistano e Tietê era um afronta, como bem lembra o ator Milton Gonçalves que, quando jovem foi impedido de entrar no Clube de Regatas Tietê, local em que se reunia a nata da elite branca paulistana. Negros nesses espaços, somente em dias de jogo de futebol contra os próprios clubes.
Já, a década de 60 e 70 foram “anos de ouro” do Aristocrata. Por lá passaram grandes nomes do Show Business nacional e internacional como Michel Jackson, ainda criança, quando veio pela primeira vez ao Brasil numa apresentação dos Jackson Five. No cenário político, também do Aristocrata, emergiram para a vida pública, políticos como Adalberto Camargo eleito quatro vezes deputado federal, Theodosina Ribeiro, primeira deputada estadual negra de São Paulo, entre outros.
Não diferente de muitas agremiações de sua época, as últimas décadas trouxeram decadência para o aristocrata que, teve ainda sua sede de campo ocupada por moradores sem teto, sofreu também com a queda de associados e, a não renovação de seu quadro diretório quase o levou a fechar as portas.
Numa reviravolta histórica, o grupo de já senhorzinhos, com muito mais de 50 anos, negociou o terreno ocupado com a prefeitura de São Paulo, sanaram as dívida do clube e compraram uma nova sede, recém-inaugurada. Um exemplo para os mais jovens do poder da resiliência de negros que não se abateram pelo racismo e nem pelo tempo.
20/3/2015Geledés Instituto da Mulher Negra

quinta-feira, 5 de março de 2015

Não, Alexandre Frota, estupro não é motivo de piada


http://www.diariodocentrodomundo.com.br/nao-alexandre-frota-estupro-nao-e-motivo-de-piada/

Não, Alexandre Frota, estupro não é motivo de piada



Postado em 04 mar 2015
Existe uma banalização da violência sexual no Brasil. E a entrevista do ex-ator a Rafinha Bastos, se gabando de abusar de uma mulher, é mais uma prova disso.

A entrevista de Alexandre Frota no programa Agora é Tarde, televisionada na última quarta-feira (25), foi, para muitos, no mínimo estarrecedora. Se você quiser ver, está aqui no vídeo acima.
O ex-ator contou — em tom de piada e com uma naturalidade assustadora — que manteve relações sexuais não consentidas com uma mãe de santo e chegou a apertar seu pescoço até que a mulher desmaiasse, deixando-a desacordada após o ato.
O apresentador e a platéia em peso riram da “piada” do entrevistado, e o programa continuou tranquilamente como se absolutamente nada fora da normalidade tivesse acontecido, abordando seus assuntos desinteressantes que refletem um Brasil que, honestamente, me envergonha.
Me envergonha mas não me assusta. É que as pessoas (especialmente a mídia e a internet) agiram com tamanho espanto, como se situações como estas não fossem — lamentavelmente! — corriqueiras no Brasil.
Não raro, o estupro e a violência contra a mulher é naturalizada em rede nacional.
Há duas semanas, por exemplo, uma revista de fofoca de alcance nacional teve como matéria de capa o resumo do capítulo vindouro de uma novela global: “Zé Alfredo invade UTI, tira a roupa de Cora e transa com a megera.”
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Quando a cena foi para o ar, na verdade não tinha nenhum estupro. Mas a revista noticiou como se tivesse e não houvesse problema algum nisso.
O próprio Rafinha Bastos — o entrevistador que riu e naturalizou a apologia ao estupro disfarçada de piada de Alexandre Frota — declarou, certa vez, o seguinte absurdo:
Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia… Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus. Isso pra você não foi um crime, e sim uma oportunidade. Homem que fez isso não merece cadeia, merece um abraço.
Poderia haver algo mais absurdo e repugnante? No entanto, Rafinha continua solto, rico, famoso e bem sucedido em seu novo programa de “humor” Agora é Tarde, ganhando (muito) dinheiro pra continuar distilando violência travestida de piada.
Em todos os casos — que são só uma pequena prova da naturalização do estupro no Brasil — o país assistiu e se divertiu com a violência escancarada. A mídia brasileira reflete, portanto, a mentalidade machista e violenta do brasileiro.
Gente como Rafinha Bastos e Alexandre Frota só continuam na mídia porque há quem os assista, quem os aplauda e quem ria de seu machismo violento — inclusive mulheres, para a minha total descrença.
Em vez de vaiar, o público riu
Em vez de vaiar, o público riu: lamentável
Felizmente, graças ao feminisno — esse mesmo feminismo rechaçado e ridicularizado por muitos nas redes sociais — atitudes como essas têm sido pouco a pouco reprimidas.
As críticas sofridas por Frota na internet ainda são muito menos do que ele merece mas, felizmente, graças à reação de gente que abriu os olhos e percebeu que estuprar não é engraçado, pessoas como Frota e Rafinha Bastos têm sentido, cada vez mais, que a violência sexual como forma de entretenimento não mais será tolerada.
Como se não acreditasse que o povo — especialmente o povo feminista — acordou, Rafinha se justificou na internet: “Era uma piada, ele não fez isso. Se tivesse feito, estaria na cadeia.”
Os internautas — que têm o meu total apoio e concordância — não recuaram. Verídica ou não, a naturalização do estupro precisa acabar! Parece que o “mimimi feminista” da internet tem surtido efeito: a cultura do estupro não passará. Os pseudohumoristas que se cuidem.
Agora é tarde, Rafinha.
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Nathali Macedo
Sobre o Autor
Atriz por vocação, escritora por amor e feminista em tempo integral. Adora rir de si mesma e costuma se dar ao luxo de passar os domingos de pijama vendo desenho animado. Apesar de tirar fotos olhando por cima do ombro, garante que é a simplicidade em pessoa. No mais, nunca foi santa. Escreve sobre tudo em: facebook.com/escritosnathalimacedo