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Seminário discute a construção do Museu Afro, em Brasília
quarta-feira, 27 / agosto /
2014
Subsidiar a construção do Museu Nacional da
Memória Afrodescendente. É o objetivo do Seminário Rumoao Museu Nacional da
Memória Afrodescendente, que acontece até a amanhã (28) na sede da Fundação
Cultural Palmares, em Brasília. Segundo o presidente da Fundação Cultural
Palmares, Hilton Cobra, o Museu fará parte do complexo do Parque Nelson Mandela,
a ser construído as margens do Lago Paranoá, na capital federal, e abrigará o
maior acervo do país sobre a história negra, uma importante referência nacional
e internacional da cultura afro-brasileira.
Educação – “Precisamos resgatar
a dor, para evidenciar a contribuição do povo negro na construção da sociedade
brasileira”, disse Marta. Para isso, o Museu trabalhará com a história contada e
a não contada nos livros-base da Educação. “Estamos em busca da verdade sobre a
história do negro no Brasil para resgatar a autoestima com base na identidade,
“, completou.
Para o Ministério da Educação, o Museu será um
alicerce fundamental na tarefa de implementar a Lei 10.639/2003 que estabelece o
ensino da história e cultura dos africanos e afrodescendentes no currículo
escolar. Macaé Evaristo, secretária de Educação Continuada, Alfabetização,
Diversidade e Inclusão, afirma que se trata de um grande avanço também, no que
diz respeito à redução das desigualdades raciais. “É uma possibilidade de
sairmos do silenciamento, um lugar de expectativa e de vozes que ainda não foram
ouvidas em nossa sociedade”, disse.
Identidade – Já a ministra da
Igualdade Racial, Luiza Bairros, comparou a proposta do museu à obra Comunidades
Imaginadas, de Anderson Benedict, onde o autor afirma que censos, mapas e museus
são três posicionamentos importantes a como as populações se compreendem no
tempo e no espaço. “São os modos como uma nação se define e pretende se
apresentar para si e para o mundo”, explicou a ministra.
De acordo com Luiza, a população negra brasileira
teve ganhos muito significativos no que tange ao reconhecimento de sua
participação na sociedade, porém o Museu será um espaço à divulgação dos passos
que já foram dados nesse sentido. “Um lugar onde poderemos contar nossa
história, oferecer contribuições, interação e influências aos nossos passos no
presente e no futuro”, concluiu.
O secretário da Casa Civil do Governo do Distrito
Federal, Swedenberger Barbosa, também participou dos debates ressaltando a
parceria entre o MinC e o GDF para a conquista da nova área de 65.006,502 m²,
localizada no Lago Sul, próxima a Ponte JK.
O Seminário Rumo ao Museu Nacional da Memória
Afrodescendente segue até a quinta-feira (28). Aguarde novas
informações!
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