domingo, 15 de fevereiro de 2015

Jornalista Flávia Oliveira entrevista Haroldo Costa - origens do carnaval e a marca da cultura negra


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Origens do carnaval e a marca da cultura negra na festa são debatidas na Casa do Saber O GLOBO

Jornalista Flávia Oliveira entrevistou Haroldo Costa num bate-papo sobre a folia de Momo nesta quarta-feira

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Negritude. A jornalista Flávia Oliveira comandou talk show em que Haroldo Costa contou histórias da folia - Pablo Jacob
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RIO — Das grandes sociedades aos blocos, até chegar às escolas de samba. As origens do carnaval e a marca da cultura negra na festa, passando pelas mais diferentes manifestações da folia de Momo ao longo dos séculos, foram tema, nesta quarta-feira, de um debate entre os jurados do Estandarte de Ouro, na Casa do Saber O GLOBO. O bate-papo foi comandado pela jornalista Flávia Oliveira, que entrevistou o ator, produtor, pesquisador e escritor Haroldo Costa. E, num grupo de tantos bambas, histórias de velhos carnavais mostraram a importância da africanidade para a festa.
Haroldo lembrou que, nas primeiras brincadeiras do carnaval brasileiro, nos tempos do entrudo, os negros escravizados não tinham quase nenhuma participação. A primeira influência deles na festa se deu depois que senhoras negras, vestidas de branco, começaram a entoar suas canções em procissões religiosas (elas dariam origem às baianas da festa). Mais tarde, nas grandes sociedades, grupos chegavam a comprar a carta de alforria de escravos e apresentá-los, já libertos, em cima dos carros alegóricos. Mas foi só com o surgimento dos blocos do subúrbio, na virada do século passado, que os negros passaram a ter destaque.
Esses mesmos blocos, lembrou Haroldo, deram origem a escolas como a Estação Primeira de Mangueira, na década de 1920. No início, no entanto, seus enredos contavam apenas a história oficial do Brasil. Até a temática negra surgir no Salgueiro, na década de 1950. Mesma agremiação que, em 1960, pelas mãos do carnavalesco Fernando Pamplona, homenageou pela primeira vez um herói negro na avenida: Zumbi dos Palmares.
— A partir daí, as escolas começam a olhar para um outro Brasil — disse Haroldo, numa conversa em que foram lembradas as influências da cultura negra em várias características das agremiações, do toque das baterias à dança dos passistas.


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